Por Metrópoles
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou nesta quinta-feira (16/2) que o governo avalia a possibilidade de fechar, novamente, o espaço aéreo na região da terra Yanomami, com objetivo de agilizar a saída de garimpeiros ilegais.
“Na quarta-feira próxima, eu e o ministro da Defesa, José Múcio, vamos fazer uma nova reunião para planejamento das próximas etapas e, provavelmente, haverá novo fechamento do espaço aéreo sobre o território Yanomami, que deve ser antecipado para agilizar a saída de garimpeiros que ainda permanecem em pequeno número”, anunciou o ministro da Justiça.
A declaração de Dino ocorreu durante coletiva de imprensa. Na ocasião, o titular da pasta federal fez um balanço sobre três eixos que marcaram o primeiro mês de sua gestão: a invasão dos Três Poderes, em 8 de janeiro; a crise envolvendo o povo Yanomami e o garimpo ilegal em Roraima; e o decreto de armas.
Veja como foi:
Atos antidemocráticos
Dino esteve à frente da articulação contra atos antidemocráticos desde o protesto violento promovido por bolsonaristas em 12 de dezembro. A situação se tornou mais urgente após a invasão do Congresso, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Palácio do Planalto no último dia 8 de janeiro.
Além disso, o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) coordena uma força-tarefa para retirar cerca de 15 mil garimpeiros que exploram ouro de forma ilegal em território Yanomami, em Roraima. Equipes da Polícia Federal, da Força Nacional e das Forças Armadas atuam na região.
O ministro da Justiça ainda promove uma nova normativa para o controle de armas de fogo no país, desfazendo flexibilizações para o porte e a posse de armamento, defendidas no governo Jair Bolsonaro (PL). Uma das alterações implementadas é o recadastramento das armas legais no banco de dados da Polícia Federal.
Foto: Breno Esaki/Especial Metrópoles