Home Economia Dólar desacelera e Bolsa avança mesmo com ameaça de tarifas de Trump sobre aço

Dólar desacelera e Bolsa avança mesmo com ameaça de tarifas de Trump sobre aço O dólar iniciou o dia com alta de 0,44%, mas reduziu os ganhos para 0,05%, sendo cotado a R$ 5,79. Enquanto isso, o Ibovespa avançou impulsionado por ações de grande peso na B3.

10 de fevereiro de 2025, 13h42 | Por Letícia Horsth

by Letícia Horsth

O dólar iniciou a sessão desta segunda-feira (10/2) em alta. Por volta das 9h05, a moeda americana subia 0,44%, sendo negociada a R$ 5,81. No entanto, ao longo da manhã, o movimento perdeu força, e a valorização foi reduzida para 0,09%, com o câmbio a R$ 5,79, indicando um cenário de estabilidade.

Na última sexta-feira (7/2), o dólar disparou, registrando um avanço de 0,51% e encerrando o dia a R$ 5,79, após atingir R$ 5,80 na máxima do pregão. Apesar da recente alta, a moeda acumulou uma queda de 0,76% na semana e já recua 6,26% no ano frente ao real.

Segundo analistas, a volatilidade da moeda norte-americana tem sido impulsionada pelas incertezas geradas pelas decisões do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que vem adotando medidas protecionistas e ameaçando impor novas tarifas comerciais. Nesta segunda-feira, os investidores seguem atentos a possíveis declarações do republicano, o que influencia a oscilação da divisa tanto frente ao real quanto a outras moedas internacionais.

Possível taxação sobre o aço brasileiro
O mercado financeiro repercute a informação de que Trump pretende oficializar uma tarifa de 25% sobre as importações de aço e alumínio. Caso a medida se confirme, o setor siderúrgico brasileiro será diretamente impactado.

A decisão foi antecipada pelo próprio presidente americano no domingo (9/2), durante uma conversa com jornalistas a bordo do avião presidencial Air Force One. Atualmente, os Estados Unidos importam cerca de 25% do aço e 50% do alumínio que consomem.

Em janeiro, o Canadá foi o principal fornecedor de aço para os EUA, seguido pelo Brasil, México, Coreia do Sul e Alemanha. No caso do alumínio, o Canadá também lidera as exportações para o mercado norte-americano, com os Emirados Árabes Unidos ocupando a segunda posição.

Essa não é a primeira vez que Trump impõe restrições ao setor. Durante seu primeiro mandato (2017-2021), o governo americano aplicou tarifas de 25% sobre o aço e 10% sobre o alumínio, o que gerou impactos significativos para siderúrgicas brasileiras. Na época, o Instituto Aço Brasil alertou para o risco de demissões e fechamento de fornos no país. No entanto, Trump acabou flexibilizando as regras e concedendo cotas com isenção para parceiros comerciais como Canadá, México, União Europeia e Reino Unido.

Bolsa brasileira em alta
Apesar das novas ameaças tarifárias, a Bolsa de Valores de São Paulo (B3) opera em alta nesta segunda-feira. O possível aumento na taxação de aço e alumínio impacta diretamente grandes empresas brasileiras, mas o pregão segue positivo, impulsionado por ações de peso.

Às 11h30, o Ibovespa, principal indicador da B3, avançava 0,93%, atingindo 125.788 pontos. Mais cedo, por volta das 10h34, o índice chegou a 126.360 pontos, com alta de 1%. O movimento positivo do mercado é sustentado pelo desempenho de grandes companhias como Petrobras, Vale, Itaú, Bradesco e Santander.

Foto: Reprodução/Freepik.

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