Home Economia Dólar engata 4ª baixa consecutiva e encerra semana a R$ 4,91

Dólar engata 4ª baixa consecutiva e encerra semana a R$ 4,91 A moeda norte-americana recuou 0,23%, cotada a R$ 4,9151, renovando o menor patamar em 10 meses.

14 de abril de 2023, 17h31 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

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Por G1

O dólar voltou a fechar em queda nesta sexta-feira (14), conforme investidores repercutiam a divulgação de dados econômicos nos Estados Unidos e acompanhavam a viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à China.

Ao final da sessão, a moeda norte-americana recuou 0,23%, cotada a R$ 4,9151, renovando o menor patamar em 10 meses. Veja mais cotações.

Na véspera, o dólar teve seu terceiro dia consecutivo de queda (0,32%), cotado a R$ 4,9262. Com o resultado, a moeda fechou a semana com uma perda acumulada de 2,82%. Já no mês e no ano, tem quedas de 3,04% e 6,88%, respectivamente.

O que está mexendo com os mercados?

O dólar conseguiu emplacar mais um dia de baixa nesta sexta-feira. O movimento veio mesmo após a queda de 1% nas vendas do varejo norte-americano — dado que indica que a maior economia do mundo está em desaceleração, mas talvez não rápido o suficiente para impedir que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) eleve novamente a taxa básica de juros do país.

Nos últimos dias, as divulgações de índices de inflação no Brasil e nos Estados Unidos foram bem recebidas pelo mercado financeiro, que se preocupam com a desaceleração da economia global. Ambos os dados indicaram que a subida de juros está fazendo efeito nos preços, e que poderão reduzidos em um prazo mais curto.

Diante desse cenário, investidores partiram para ativos de risco — situação que favorece investimentos em países emergentes, como o Brasil.

O presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, disse nesta sexta-feira que mais um aumento de 0,25 ponto percentual na taxa de juros pode permitir que o Fed encerre seu ciclo de aperto monetário com alguma confiança de que a inflação retornará firmemente à meta de 2% do banco central dos Estados Unidos.

Bostic disse sentir que os aumentos agressivos dos juros do último ano só agora estão começando a afetar a economia, o que é um bom motivo para fazer uma pausa para estudar como a economia e a inflação evoluem e tentar limitar os danos ao crescimento e ao emprego. “Há mais a fazer. Acredito que o próximo passo será descobrir quanto mais”, declarou.

“Acredito que o ponto de ‘atingir a marca e segurar’ é ‘atingir a marca e segurar’, a menos que você veja uma tendência inequívoca, de que [a inflação] esteja caminhando de uma maneira desconfortável”, disse.
Na Europa, a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, afirmou que inflação na zona do euro continua caindo, mas as pressões de preços subjacentes, impulsionadas pelo rápido crescimento nominal dos salários, permanecerão altas por algum tempo.

“O crescimento salarial historicamente alto, relacionado a mercados de trabalho apertados e compensação pela inflação alta, sustentará o núcleo da inflação ao longo do horizonte de projeção, à medida que retorna gradualmente a taxas em torno de nossa meta”, disse Lagarde em comunicado na reunião de primavera do Fundo Monetário Internacional.

Já na agenda interna, o foco esteve na viagem do presidente Lula à China. O petista e o presidente da China, Xi Jinping, assinaram 15 acordos comerciais e de parceria, nesta sexta-feira (14), em Pequim.

Os termos tratam principalmente de cooperação para desenvolvimento de tecnologias, intercâmbio de conteúdos de comunicação entre os dois países, e ampliação das relações comerciais.

Um dos acordos prevê o lançamento do sétimo satélite na parceria entre Brasil e China: o CBERS-6. Outro destaca um protocolo que deve ser seguido pelos frigoríficos brasileiros para exportação de carne para a China. O Brasil é o maior fornecedor de carne bovina ao país.

Foto: pasja1000/Creative Commons

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