O dólar comercial encerrou esta terça-feira (29) com desvalorização de 0,31%, cotado a R$ 5,631 para venda. Foi a oitava baixa consecutiva, marcando o menor nível de fechamento desde o início de abril. Ao longo da manhã, a cotação oscilou próxima da estabilidade, mas cedeu ao longo da tarde, atingindo o patamar de R$ 5,62 por volta das 12h20.
Com esse desempenho, o dólar acumula queda de 1,31% em abril e de 8,88% desde o início do ano, refletindo um movimento mais amplo de enfraquecimento da moeda norte-americana frente ao real.
Entre os fatores que contribuíram para o recuo da divisa está a possibilidade de um alívio nas disputas comerciais envolvendo os Estados Unidos. Uma nova proposta para compensar setores afetados pelas tarifas recentemente impostas pode indicar uma redução nas tensões externas, o que tem impacto direto sobre o apetite por risco em mercados emergentes.
No plano doméstico, a expectativa de manutenção de juros elevados reforça o fluxo de capital estrangeiro para o país. A sinalização de que o Banco Central deverá manter uma política monetária mais rígida por conta da inflação resistente aumenta a atratividade dos investimentos em renda fixa no Brasil, fortalecendo o real frente ao dólar.
No mercado de ações, o índice Ibovespa fechou praticamente estável, com leve avanço de 0,06%, aos 135.093 pontos. O movimento foi influenciado por uma realização de lucros, à medida que investidores aproveitaram o bom desempenho recente da bolsa para vender ativos e garantir ganhos.
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