O resultado das eleições municipais 2020 mostra que o desempenho de deputados federais e senadores na disputa pelas prefeituras poderá ser o pior em quase três décadas, de acordo com levantamento do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap). Entre os 69 congressistas que se lançaram para os cargos de prefeito e vice-prefeito, apenas quatro se elegeram no domingo e 15 vão disputar o segundo turno. Do total, 50 já perderam a eleição.
Mesmo considerando os que ainda concorrem ao comando dos Executivos locais, o número de parlamentares eleitos pode chegar a no máximo 18 nas eleições de 2020, igualando a 2008, até então o pior desempenho desde a redemocratização. O total de 18, e não 19 (4 eleitos mais 15 disputando), é consequência de o segundo turno ser disputado entre os deputados João Campos (PSB) e Marília Arraes, no Recife.
De 1992 para cá, a média foi de 26 congressistas vencedores. Um deputado ou um senador não perde o mandato quando concorre na eleição municipal. Caso ganhe, um suplente é chamado para ocupar o mandato na Câmara ou no Senado.
Alexandre Serfiotis, do PSD, com o capital político e eleitoral herdado pelo pai, Jorge Serviotis, político que morreu em 2017, no primeiro ano do terceiro mandato e muito conhecido em Porto Real, foi eleito no domingo (15) prefeito de Porto Real (RJ) para os próximos quatro anos. O deputado federal há dois mandatos consecutivos ao fim da apuração, obteve 38,83% dos votos o que corresponde 5.548 no total.
Em Belo Horizonte, mesmo tendo forte ligação á política por influência da família, o deputado federal Lafayette Andrada (Republicanos) que tentou pela primeira vez ser prefeito em sua cidade natal, não conseguiu o pleito, tendo um atuação irrisória. Base do governo federal na Câmara dos Deputados, Andrada tentou associar alguns planos de origem bolsonarista, como as escolas cívico-militares, para a capital mineira.
Com: Estadão Conteúdo
Imagem: Câmara dos Deputados