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Eleições são inegociáveis e não podemos admitir retrocesso, diz Pacheco Presidente do Senado afirma que eventuais interessados em impedir a realização de eleições em 2022 serão apontados como inimigos da nação

9 de julho de 2021, 17h40 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

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Por CNN

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou nesta sexta-feira (9), que a realização de eleições regulares no Brasil é inegociável e que não se pode admitir nenhum retrocesso do estado democrático de direito.

Pacheco declarou que o Congresso brasileiro defende a “preservação absoluta” da democracia no país. “E algo fundamental que insisto, embora seja óbvio dizer, mas eu direi, a preservação de algo que é inegociável, o estado de direito e a democracia, o estado democrático de direito que uma geração antes da minha conquistou e a minha tem obrigação de manter. E nós não podemos admitir qualquer tipo de fala, de ato, de menção, que seja um atentando à democracia ou que seja um retrocesso. Portanto, tudo que houver de especulações de algum retrocesso ou a frustração das eleições de 2022 é algo que o Congresso não concorda e repudia. Isso advém da Constituição à qual devemos obediência.”

O presidente do Senado também disse que os eventuais interessados em frustrar as eleições no país serão apontados como inimigos. “Todo aquele que pretender um retrocesso será apontado pelo povo brasileiro como inimigo da nação e como alguém privado de patriotismo.”

Pacheco negou que a declaração acima se referisse especialmente ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que nesta semana afirmou que não haveria eleição no país caso o voto impresso não seja aprovado.

O presidente do Senado citou que o debate sobre o voto impresso é objeto de um debate no Congresso e que a decisão a ser tomada pela Câmara dos Deputados e pelo Senado sobre o tema deve ser respeitada por todos os poderes.

Bolsonaro aponta supostas fraudes em eleições passadas, mas não apresenta provas. Até hoje não se comprovou nenhuma irregularidade no uso de urnas eletrônicas no sistema eleitoral brasileiro.

Temor de crise institucional

O parlamentar fez o proncunciamento e respondeu a questões dos jornalistas ao fim de uma semana em que a escalada de ameaças às eleições e ataques a outras instituições feitos por Bolsonaro aumentaram a tensão no país e o temor de uma crise institucional. Trocas de farpas entre integrantes da CPI da Pandemia e militares também elevaram a tensão.

Apesar da situação e da iniciativa de fazer o pronunciamento, Pacheco afirmou que os atritos estão resolvidos. “Os episódios desta semana estão esclarecidos e encerrados e devemos olhar para frente”. O congressista ressaltou que mais importante para o país é a união do Executivo com o Congresso, o Judiciário, a sociedade e a imprensa para combater “a fome, a miséria, o desemprego e a desessperança”.

Foto: Reprodução/Rodrigo Pacheco

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