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Eleitorado evangélico: Bolsonaro mantém apoio, Lula corre atrás e Zema está patinando Parcela importante da população, eleitor evangélico vai fazer a diferença nos próximos pleitos

9 de abril de 2024, 18h50 | Por Letícia Horsth

by Letícia Horsth

A disputa pelo eleitorado evangélico é um componente que preocupa os pretensos candidatos à presidência da República no Brasil. Embora esteja inelegível, Jair Bolsonaro (PL), é o líder político brasileiro com maior influência nesse público. A esposa, Michele Bolsonaro, tem trabalhado diariamente para manter a base religiosa e, ao que tudo indica, a família do ex-presidente tem conseguido.

Lula

Já o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem consciência da dificuldade que terá para conquistar essa parcela de votantes. O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), tem tentando uma aproximação com líderes politicos e eclesiasticos. O governo avalia ampliar a isenção fiscal para religiosos, o que seria um ponto positivo. No entanto, o próprio Planalto entende que o desafio será grande, já que para os evangélicos pautas como discriminalização das drogas e criminalização do aborto são carros-chefe e vão na contra-mão do que defende a esquerda.

Zema

Para o governador Romeu Zema (Novo), possível candidato à presidência da República, a situação é complexa. Posicionado à direita, ele mantém uma distância de segurança de Bolsonaro. Perto demais pode absorver o desgaste, longe demais pode virar um alvo e perde parte do eleitorado.

No entanto, em relação aos evangélicos, há um episódio específico. Os religiosos reclamam que, dentre mais de 10 indicações para o Quinto Constitucional (oriundas da OAB e do MP), Zema ainda não indicou nenhum evangélico para o Tribunal de Justiça de Minas Gerais. A última escolhida foi a advogada Mônica Aragão. A expectativa é que na próxima lista triplíce do TJ, para vaga de aposentadoria que deve surgir neste ano, haja algum evangélico e que ele seja escolhido pelo governador.

Para Alexander Barroso, interlocutor da bancada evangélica, o governador precisa dar a atenção necessária a essa parcela da população. “Nós evangélicos somos quase 40% da população. O governador nunca indicou um evangélico para o judiciário. Os evangélicos sabem disso. Ele teve a oportunidade de mitigar essa desproporcionalidade. É o que os evangélicos esperam dele. Se não houver gestos, Zema vai ter muita dificuldade de conquistar apoio para 2026. Essa época de instrumentalizar os evangelicos e lembrar do segmento somente na época da eleição acabou. Os políticos precisam entender isso “, afirmou.

Procurado, o Palácio Tiradentes disse que todas as decisões para indicações feitas pelo Governo de Minas são pautadas por avaliações técnicas, com base no currículo e nas qualificações dos candidatos para vagas.

Com informações da Itatiaia.
Foto: Reprodução/Redes Sociais.

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