Home Brasil Em adeus emocionado, milhares de pessoas se despedem do Rei e entoam: ‘Pelé eterno’

Em adeus emocionado, milhares de pessoas se despedem do Rei e entoam: ‘Pelé eterno’ Pelé foi sepultado nesta terça-feira, 3, no Cemitério Memorial de Santos; uma legião de fãs acompanhou o cortejo

3 de janeiro de 2023, 17h22 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

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Por Terra

O mundo parou para dar o último adeus a Pelé. Nesta terça-feira, 3, Edson Arantes do Nascimento foi sepultado e recebeu as últimas homenagens de fãs e torcedores de diferentes países. Saindo do Estádio Urbano Caldeira, o caixão de Pelé seguiu em um cortejo pelas ruas de Santos, no litoral de São Paulo, cidade onde o Rei do Futebol ganhou os holofotes, assim como se tornou o ídolo do futebol que o mundo conhece hoje.

Os portões fecharam por volta das 9h20 para a visitação do público. Logo depois, houve o começo da cerimônia de despedida, com a chegada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em seguida, pouco antes das 10h30, o caixão foi colocado em um caminhão do Corpo de Bombeiros e foi ovacionado pela legião de fãs que estava no entorno da Vila Belmiro.

Velório do Rei Pelé durou cerca de 24 horas na Vila Belmiro, em Santos, no litoral de São Paulo. | Foto: Felipe Rau/Estadão / Estadão

Palmas e o uníssono “mil gols, mil gols, só Pelé, só Pelé, que jogou no meu Santos” tomaram conta da Rua Tiradentes. Torcidas organizadas do Santos, time de coração do ex-jogador, estavam a postos com bandeirões pouco antes do cortejo começar.

Assim que a bandeira do Brasil foi colocada em cima do caixão de Pelé, as centenas de pessoas, que torciam para diversos times e que presenciavam o momento histórico, se emocionaram. Ali, não existia rivalidade. Crianças foram colocadas nos ombros de seus parentes, torcedores choravam e todos pareciam não se importar com o sol escaldante que queimava a pele, afinal, ninguém queria perder o início da despedida do melhor jogador que o mundo já viu.

Quem nunca ouviu falar de Pelé -o que é quase impossível – nos últimos dias conseguiu conhecer um pouco da grandiosidade do Rei do Futebol. E isso poderia ser sentido ali, no pedaço mais esportivo da cidade de Santos.

Assim que o cortejo começou, o povo voltou a cantar e gritar por Pelé. Rojões e fogos de artifício ajudaram na harmonia de parte de uma das torcidas organizadas, que usava instrumentos de percussão.

Santos parou

A cidade do coração de Pelé parou. Em diversos pontos da cidade, uma multidão parou para ver a cerimônia. O cortejo seguiu o percurso pela Avenida Bernardino de Campos, passando por várias ruas, até a Avenida Epitácio Pessoa, onde mora a mãe do Rei, Celeste.

A avenida estava paralisada e em lágrimas. Parte da família Arantes ficou na sacada de um sobrado para ver o cortejo. A irmã de Pelé Maria Lúcia Nascimento se emocionou com o carinho e o canto entoado de milhares de pessoas falando o nome do Rei e interagiu com a população, agradecendo por aquele momento.

Enquanto aguardavam a passagem do cortejo, pessoas de várias idades e torcedores de diversos times homenageavam Pelé, com camisas, bandeiras, músicas e até mesmo cachorros vestidos com roupas com a estampa do Rei. A família de Edson Arantes chegou a rezar um Pai Nosso com o apoio dos fãs.

Idosos relataram que estava, sofrendo com o calor e com a aglomeração, mas que isso não os faria desistir de dar adeus ao maior ídolo do futebol.

Com a chegada do corpo do Rei, a torcida organizada do Santos, carregando bandeiras enormes com o rosto dele, entoou o hino do time e músicas em homenagem ao ídolo, emocionando até mesmo os torcedores rivais. Um dos bombeiros que estava no veículo da corporação que conduzia o corpo de Pelé também não conseguiu segurar as lágrimas e recebeu o apoio da população.

A opinião de todos ali que gritavam o nome de Pelé era unânime: ele será eterno, e isso foi dito nos mais diferentes idiomas. E, antes de se despedir da família dele, os fãs fizeram questão de gritar que o Rei do Futebol jamais será esquecido. Emocionados, os familiares do ídolo fizeram o símbolo de um coração com as mãos para a população e se despediram.

Em seguida, o cortejo seguiu pela Avenida Vicente de Carvalho, Bernardino de Campos e Joaquim Távora até chegar ao Cemitério Memorial, onde rojões e palmar reverenciaram o Rei do Futebol. Antes do caixão ser retirado do caminhão do Corpo de Bombeiros, as bandeiras do Santos FC e do Brasil foram guardadas.

Com os soldados da Polícia Militar e dos bombeiros a postos, já descendo o caixão do veículo, um trompete tocou a marcha fúnebre e, em seguida, o hino do time do coração de Pelé.

O sepultamento no Cemitério Memorial marcou o fim da história de Edson Arantes do Nascimento; mas Pelé, como foi dito por tantas pessoas nos últimos dias, esse é eterno.

Foto: Felipe Rau/Estadão / Estadão

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