Por DCM
Os diretores da Jovem Pan têm tentado se aproximar do presidente Lula e fizeram reuniões com políticos e ministros ligados ao petista na última semana. A emissora quer sinalizar ao mandatário que o canal atenuou sua linha editorial para estabelecer uma relação mais amistosa com o governo federal. A informação é do Notícias da TV.
Marcelo Carvalho, vice-presidente da Jovem Pan e irmão de Tutinha, é quem lidera as conversas. Ele vai a Brasília com frequência desde março para tratar do tema, mas tem intensificado as mudanças editoriais com uma série de demissões e reformulações na empresa.
Uma das mudanças na emissora para tentar se aproximar do governo Lula foi a demissão de comentaristas considerados extremistas, como Augusto Nunes, Zoe Martinez e Rodrigo Constantino. Com isso, a Jovem Pan espera obter mais verbas de anúncio do governo, já que a emissora só recebeu R$ 2,4 mil em publicidade federal.
Durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, a Jovem Pan recebeu contratos que somaram R$ 18,8 milhões.
A emissora diz que tem dado liberdade para comentaristas divergentes e para uma direita considerada moderada internamente. Um dos nomes apontados como moderado é o de Tiago Pavinatto, apresentador do “Linha de Frente” e comentarista do “Os Pingos nos Is”.
Apesar do rótulo na emissora, Pavinatto é bolsonarista e ficou conhecido por debochar de Alexandre de Moraes durante a diplomação de Lula e por fake news sobre o auxílio reclusão. Ele também já foi processado por associar o ministro da Justiça, Flávio Dino, ao narcotráfico e já chamou o presidente de “fascista tosco”.
A tentativa de aproximação com o governo Lula também ocorre para tentar acabar com processo movido pelo Ministério Público Federal (MPF) contra a emissora. O órgão pediu a cassação das outorgas de rádio da empresa, além de multa, por fake news e golpismo.
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