O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice-presidente Geraldo Alckmin receberam a vacina contra a gripe nesta segunda-feira (7). A vacinação começou hoje em todos os estados das regiões Nordeste, Sul, Centro-Oeste e Sudeste, enquanto na região Norte a imunização ocorrerá no segundo semestre.
Lula, de 79 anos, e Alckmin, de 72, estão dentro do público-alvo da primeira fase da campanha.
A imunização ocorreu durante um evento em Montes Claros (MG), com Lula sendo vacinado pela médica da Presidência, Ana Helena Germoglio, e Alckmin recebendo a dose das mãos do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que também é médico.
De acordo com o Ministério da Saúde, a vacina contra a influenza de 2025 protege contra as cepas H1N1, H3N2 e B. A administração do imunizante pode ser feita junto a outras vacinas do Calendário Nacional de Vacinação, mas é contraindicada para crianças com menos de 6 meses e pessoas com histórico de reações alérgicas graves a doses anteriores.
O governo federal planeja distribuir aproximadamente 73,6 milhões de doses da vacina pelo SUS. Cerca de 67,5 milhões de doses serão enviadas para os estados onde a vacinação começou, e aproximadamente 6 milhões de doses estarão disponíveis para a região Norte. A meta do governo é vacinar 90% do público-alvo, que inclui crianças de 6 meses a 6 anos, idosos acima de 60 anos, gestantes, mulheres no pós-parto, trabalhadores da saúde, pessoas com deficiência e povos indígenas.
Estudos indicam que a vacina pode reduzir entre 60% e 70% dos casos mais graves da gripe, além de prevenir mortes relacionadas à doença.
O Ministério da Saúde reforçou a importância da vacinação, destacando que as vacinas são seguras, eficazes e gratuitas. “Vacinar-se é um ato de cuidado próprio e coletivo”, afirmou a pasta.
Durante o evento, o ministro Alexandre Padilha criticou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, dizendo que ele pretende ser o “presidente do mundo”. Padilha também apontou que o governo de Trump tem cortado recursos para pesquisas e produção de vacinas nos EUA. O ministro convidou pesquisadores a virem ao Brasil para trabalhar, ressaltando que o país está investindo em dois projetos de vacinas de RNA mensageiro. “O Brasil é um lugar seguro para que pesquisadores venham para cá”, afirmou Padilha.
Foto: TV Brasil/Reprodução.