Por Metrópoles
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou novamente, nesta segunda-feira (19/6), da live semanal para exaltar ações do governo. Batizada como “Conversa com o Presidente”, a transmissão acontecerá, em regra, às terças-feiras. Nesta semana, porém, o presidente viajará para a Itália e França; por isso, a edição foi veiculada hoje.
Ao contrário da primeira edição, a transmissão desta semana ocorreu na área externa do Alvorada. Na semana passada, o vídeo foi gravado em uma mesa interna do palácio presidencial.
Na sua explanação, Lula permeou diversos temas; entre eles, a reunião ministerial da última quinta-feira (15/6). Na fala, o mandatário disse que o encontro com os ministros e presidentes de bancos serviu para dar uma “harmonizada”.
“[A reunião] Foi interessante, porque a gente deu uma harmonizada nas equipes do governo. Às vezes a gente não se reúne, cada um começa a falar uma coisa e responder fofoca de jornal… Por isso, é importante harmonizar a linguagem do governo em torno de um objetivo único, que é fazer o Brasil dar certo. A reunião, para mim, foi extraordinária, excepcional, e foi a primeira reunião que teve aplausos, porque todo mundo ficou muito satisfeito”, disse Lula.
Veja como foi:
O mandatário do país deve embarcar para Roma ainda na noite desta segunda. Naquele país, ele se encontrará com o papa Francisco, no Vaticano. Também há previsão de reunião com Sergio Mattarella, presidente da Itália.
O programa é exibido ao vivo, do Palácio da Alvorada, e tem a condução do jornalista Marcos Uchôa, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). A primeira live, realizada no dia 13 de junho, durou 32 minutos e não ultrapassou os 6 mil espectadores simultâneos.
Primeira live
Entre outros assuntos, na estreia no Conversa com o Presidente, Lula anunciou que o governo deve lançar o novo PAC em 2 julho.
“A gente resolveu recriar essas políticas públicas, para, a partir de 2 de julho, lançar um programa de grandes obras de infraestrutura em todas as áreas”, declarou o petista em transmissão ao vivo nas redes sociais para falar sobre os seis meses de governo.
No vídeo, o chefe do Executivo também reconheceu que a iniciativa de fazer gravações semanais ainda contaria com poucos telespectadores, mas se disse esperançoso de que no futuro falaria “para o Brasil inteiro”, a fim de vencer as fake news.
“Eu gosto de falar e de programa de rádio e televisão. Falamos e conseguimos passar uma mensagem para as pessoas fazerem coisas boas. Estamos numa guerra contra as fake news e precisamos vencer o ódio”, disse Lula.
“Toda terça-feira estarei pronto para discutir o assunto que você [Marcos Uchôa] entender que deva ser discutido, você que é jornalista. Você checa o assunto e ‘checa esse cara’, vê se ‘esse cara está preparado’. Acho que o povo vai gostar. A gente pode começar com 10 pessoas vendo a gente, daqui a pouco, 20, 30, 50, e daqui a pouco estamos falando para o Brasil inteiro”, disse.
Prática do Bolsonaro
A prática de fazer lives semanais foi difundida pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que adotou transmissões no Facebook todas as quintas-feiras. Os vídeos começavam às 19h.
Na rede social, Bolsonaro comentava os assuntos de destaque da semana, além de mencionar reportagens que o citavam ou mencionavam o governo. O ex-mandatário só deixou de entrar ao vivo para os seguidores após a derrota no segundo turno das eleições, em outubro do ano passado.
Em abril, o ministro Paulo Pimenta anunciou que Lula também adotaria a prática. “O presidente Lula terá um momento semanal para fazer uma transmissão nas redes sociais, uma mensagem direta dele para os brasileiros. Isso está decidido. Só vamos detalhar ainda questões de formato, dia, horário etc.”, disse Paulo Pimenta, em 10 de abril, após solenidade no Palácio do Planalto.
Na fala, o chefe da Secom ainda destacou os meios de comunicação com a população e quais as medidas serão tomadas para facilitar e estreitar laços.
“Há regiões do Brasil que não chega sinal de TV ou de internet. Alguém falou aqui sobre a EBC e a TV Brasil. Não são só uma TV pública. Nós vamos ter lives semanais. Nós estamos com três meses de governo, parece uma eternidade pelo volume de trabalho”, explicou o ministro na entrevista.
Foto: Ricardo Stuckert/PR