Por DCM
O tenente-coronel Mauro Cid revelou, em delação à Polícia Federal (PF), que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se encontrou com a cúpula militar, logo após a derrota no segundo turno das eleições de 2022, para avaliar um golpe no país.
Durante a reunião, Bolsonaro perguntou aos comandantes das Forças Armadas se estavam dispostos a apoiá-lo na contestação ao resultado das eleições. O então comandante da Marinha, almirante Almir Garnier foi o único a responder afirmativamente.
Já o então comandante do Exército, general Freire Gomes, se manifestou contrário ao golpe e chegou a dizer que prenderia Bolsonaro se ele prosseguisse com a ideia. “Se o senhor for em frente com isso, serei obrigado a prendê-lo”, disse na ocasião.
A recusa em apoiar um golpe não se deveu apenas à vontade das Forças Armadas, mas também a fatores externos. Comandantes de outras regiões do Brasil não estavam dispostos a apoiar a iniciativa, e os Estados Unidos deixaram claro que não apoiariam um golpe. Seis comitivas americanas visitaram o Brasil em 2022 para transmitir essa mensagem.
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