Por Metrópoles
Em nova polêmica, a Petrobras anunciou, nessa quinta-feira (3/11), o pagamento de R$ 43,7 bilhões em dividendos aos acionistas após registrar R$ 46 bilhões em lucros no terceiro trimestre deste ano.
A pouca diferença entre o que será pago e os lucros da estatal causou alvoroço, a ponto do Ministério Público do Tribunal de Contas (MPTCU) querer evitar os repasses alegando que o valor “astronômico” afetará a saúde da empresa.
Do montante, R$ 12,5 bilhões voltam para a União, por ser a maior acionista da petroleira de capital aberto, como mostra o site da Petrobras na página de composição acionária.
O Metrópoles procurou a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que apenas disse não comentar casos específicos.
“Informamos que a CVM acompanha e analisa as informações envolvendo as companhias abertas, tomando as medidas cabíveis, quando necessário. A autarquia não comenta casos específicos”, escreveu.
O que são dividendos e quem pode receber?
Os dividendos são uma parte do lucro de uma empresa que são distribuídos aos seus acionistas anônimos, posicionados nos papéis (PETR3 e PETR4), em circulação na B3, a Bolsa de Valores oficial do Brasil. A oferta de proventos funciona como forma de atrair capital especulativo.
Têm direito aos dividendos da Petrobras os acionistas que tenham posse das ações até o dia 21 de novembro (data de corte). As ações negociadas a partir do dia 22 de novembro não terão direito a esses dividendos já anunciados.
O valor considerado “astronômico” deverá ser pago em duas parcelas iguais, em 20 de dezembro de 2022 e em 19 de janeiro de 2023.
Foto: Aline Massuca/Metrópoles