Por Itatiaia
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) indicou que haverá aprovação da reforma tributária na Câmara dos Deputados, mas, ponderou que o governo precisou ceder às alterações propostas e o texto apresentado pelo relator não contempla o inicialmente desejado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT).
A votação em primeiro turno está prevista para começar às 18h de quinta-feira (6), e o governo precisará obter o mínimo de 308 votos para garantir que a proposta seja encaminhada ao Senado.
“Fazemos parte de um regime democrático, estamos negociando com todos e ela será aprovada”, afirmou. Lula reiterou que o governo federal não é ‘senhor da razão’ e foi necessário ouvir ponderações e acatar alterações no texto inicial sobre a mudança na legislação tributária.
“Os deputados que estão lá foram escolhidos pela sociedade brasileira e merecem respeito”, declarou durante o relançamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), no Palácio do Planalto, no início da tarde de quinta-feira (6).
Votação da reforma tributária
Após quatro dias de negociação com líderes das bancadas na Câmara dos Deputados, o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), prevê colocar a reforma tributária para votação em primeiro turno no início da noite de quinta-feira. A sessão foi aberta às 11h para continuar a discussão da proposta, iniciada na noite de quarta-feira (5).
Lira negou ter certeza da aprovação da reforma tributária após a votação em primeiro turno no plenário da Câmara. Entretanto, o presidente da Casa declarou haver expectativa pela aprovação da proposta de mudança na legislação tributária.
“Estamos em um dia muito importante após longos anos e meses de discussões. Chegamos à votação com muita negociação, mas, a partir de 18h colocaremos o primeiro turno em votação. Não podemos cravar o resultado, mas há expectativa pela aprovação”, declarou em entrevista à Band nesta manhã.
O deputado também apelou que parlamentares não transformem a votação da reforma em uma disputa político-partidária. “Não é uma matéria de governo, é uma matéria de país”, iniciou afirmando não esperar que a discussão no plenário seja polarizada. “As diferenças ideológicas são vitas para a democracia, mas, esse assunto transcende a política, transcende os governos”, concluiu.
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
