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EUA: Biden assume a liderança na Pensilvânia e na Geórgia Se vencer em qualquer um dos dois, o democrata terá delegados suficientes para ser eleito o 46º presidente dos EUA.

6 de novembro de 2020, 19h59 | Por Letícia Horsth

by Letícia Horsth

As eleições dos Estados Unidos entraram na reta final da apuração dos votos, mas ainda mostram um cenário indefinido sobre a preferência dos norte-americanos entre o republicano Donald Trump e o democrata Joe Biden.

Após ter virado o placar na Geórgia, o candidato democrata a presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, agora ultrapassou o republicano Donald Trump na Pensilvânia, que tem 20 dos 538 votos no colégio eleitoral.

O ex-vice de Barack Obama tem agora 49,4% da preferência em seu estado de origem, contra 49,3% do presidente, com uma diferença de 5.587 votos entre eles. A Pensilvânia era um importante reduto democrata desde 1992, mas havia sido conquistada por Trump em 2016 com 44.292 votos de vantagem sobre Hillary Clinton.

O republicano vinha liderando durante quase toda a apuração, mas Biden passou à frente graças ao apoio massivo obtido em áreas urbanas como a Filadélfia, onde quase metade da população é negra. No condado homônimo, o candidato democrata tem 80,8% dos votos, contra 18,3% de Trump.

Biden também apresenta bom desempenho no condado de Allegheny (58,7% a 39,7%), onde fica o segundo município mais populoso do estado, Pittsburgh.

Vencer na Pensilvânia é o único caminho para Trump ser reeleito, mas os votos que ainda não foram apurados são provenientes sobretudo de redutos democratas. Biden tem atualmente pelo menos 253 votos no colégio eleitoral e precisa chegar a 270 – a Fox News e a Associated Press também contabilizam o Arizona, o que o levaria a 264 delegados.

Nas últimas horas, o democrata também virou a disputa na Geórgia, feudo republicano desde 1996 e que garante 16 votos no colégio eleitoral. Além disso, lidera em Nevada, que reúne seis delegados.

As possibilidades de vitória de Trump passam por uma cada vez mais improvável combinação que inclua a reconquista tanto da Pensilvânia quanto da Geórgia e uma virada em Arizona ou Nevada.

Foto: Brendan McDermid/Reuters

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