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Ex-combatentes das Malvinas rejeitam desfilar ao lado de Milei no dia da independência

6 de julho de 2024, 23h41 | Por Letícia Horsth

by Letícia Horsth

Ex-combatentes argentinos da Guerra das Malvinas (1982) optaram por não participar do desfile militar no Dia da Independência, em 9 de julho, criticando o convite para acompanhar o presidente Javier Milei, conhecido por sua admiração pela ex-primeira-ministra britânica Margaret Thatcher.

Ernesto Alonso, membro do Centro de Ex-Combatentes de La Plata, expressou à AFP sua indignação: “Rejeitamos esta encenação, esta contradição do governo que quer aparentar uma posição nacionalista enquanto implementa políticas contrárias”. Alonso, que aos 19 anos lutou na guerra como recruta, destacou a falta de respeito implícita no convite.

Os veteranos também manifestaram desconforto com as diretrizes recebidas do Ministério da Defesa, que exigem que desfilem “a passo rápido”, inclusive aqueles que utilizam cadeiras de rodas, para se ajustar às duas horas de duração do evento em Buenos Aires. Além disso, não lhes é permitido usar elementos identificadores das associações de ex-soldados, algo que consideram importante para honrar suas trajetórias de serviço.

“O mais grotesco é pretender que desfilemos ao lado daqueles que nos torturaram”, lamentou Alonso, referindo-se aos superiores que são acusados de abusos durante o conflito nas Malvinas.

Com informações do Diário do Centro do Mundo.
Foto: Divulgação.

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