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Ex-ministro José Dirceu diz que não subestimaria Michelle Bolsonaro como candidata à Presidência

28 de janeiro de 2024, 16h16 | Por Letícia Horsth

by Letícia Horsth

O ex-ministro José Dirceu, que foi o homem forte do primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, disse não subestimar uma eventual candidatura da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro à Presidência em 2026, no lugar do marido, o ex-presidente Jair Bolsonaro. A declaração foi dada durante entrevista à CNN Brasil, quando ele também defendeu a reeleição de Lula no lugar de uma eventual candidatura do ministro da Fazenda Fernando Haddad e falou que “um projeto de poder de 12 anos viável” para o PT.

“Muitas vezes, se fala que ela pode ser candidata no lugar do Bolsonaro. Eu não subestimaria a Michelle como candidata, porque o bolsonarismo é uma força. O Bolsonaro elegeu senadores, o Tarcísio foi eleito em São Paulo”, disse Dirceu sobre Michelle, ao analisar os possíveis candidatos de 2026, citando ainda o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e os governadores do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil) e de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo).

Na entrevista, Dirceu também defendeu a atuação de Janja como conselheira de Lula, questionando se as críticas que ela recebe por sua atuação não são motivadas por “preconceito e machismo”.

“A primeira-dama, ela defende uma pauta das mulheres, antirracista, anti-homofobia, do meio ambiente, social. Por que o presidente pode ter amigos que são conselheiros dele influentes, como vocês mesmos reconhecem, e ela não pode ser uma conselheira influente do presidente? É machismo? É preconceito?”, questionou.

Projeto de poder

Ele, que foi um dos fundadores do PT, falou ainda acreditar em um projeto de poder de mais 12 anos para a legenda, mas pontuando que só a esquerda não seria suficiente para viabilizar a continuidade do governo. O ex-ministro, que anunciou também seu retorno ao debate político, disse que o movimento teria se concretizado e o PT teria governado o Brasil por 20 anos caso a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) não tivesse sofrido o impeachment.

“Vai começar um processo de crescimento, eu sempre vejo de 8 a 12 anos, eu nunca vejo, porque a vida não é assim. Quando nós chegamos no governo eu disse que nós tínhamos que ter uma perspectiva de 20 anos e nós tivemos”, afirmou.

Questionado sobre uma eventual candidatura do ministro Fernando Haddad à Presidência em 2026, Dirceu foi categórico em defender a reeleição de Lula:

“Eu não acredito nisso, porque em 2026 nós vamos reeleger o Lula. Pelo menos do meu ponto de vista, nosso objetivo é governar com o Lula oito anos. Quem será o sucessor em 2030? Pelo amor de Deus, discutir isso agora é uma insanidade política”, disse.

Com informações do osul.
Foto: Agência Brasil.

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