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Ex-prefeita de Santa Luzia é condenada a 36 anos de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro Roseli Ferreira Pimentel é acusada de ter comprado um imóvel com dinheiro oriundo de propinas

21 de julho de 2023, 15h44 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

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Por Itatiaia

A ex-prefeita de Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte, Roseli Ferreira Pimentel, foi condenada a 36 anos de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro. Em maio deste ano, a política havia sido absolvida de uma acusação de assassinato, mas condenada por desvio de dinheiro. A política pode recorrer ambas condenações.

Roseli foi acusada pelo Ministério Público de Minas Gerais de ter adquirido, com recursos oriundos de propina, um imóvel residencial no valor de R$3 milhões, o que levou à instauração de um inquérito em março de 2017. Durante as investigações, foi descoberto que Roseli, seu marido, Efraim da Silva Dias e o empresário Paulo Eduardo Berbert, se associaram para praticarem lavagem de dinheiro e falsidade ideológica desde dezembro de 2015.

Na época, Roseli era vice-prefeita de Santa Luzia, mas com a morte do então prefeito em janeiro de 2016, sucedeu à administração do município. Em 2017, Roseli foi presa preventivamente e, logo depois, recebeu um habeas corpus do Superior Tribunal de Justiça, que determinou que ela usasse tornozeleira eletrônica.

Entre 2017 e 2018, a chapa da prefeita foi condenada por irregularidades em financiamento de campanha. Roseli foi afastada do cargo e a Câmara de Vereadores de Santa Luzia abriu um processo de cassação do mandato. A ação foi extinta em maio de 2018, quando Roseli renunciou ao cargo.

Roseli já havia sido denunciada e teve o primeiro mandato cassado em dezembro de 2016, meses antes de assumir o segundo mandato como prefeita. Na época, ela tinha sido denunciada pelo candidato adversário, Delegado Cristiano Xavier (PSD), suspeita de abuso de poder político e econômico.

Segundo as denúncias, Roseli havia enviado mensagens para os diretores de escolas municipais e pedido que eles influenciassem pais de alunos durante as eleições. Na época, Roseli e o vice-prefeito, Fernando César, foram declarados inelegíveis por oito anos e condenados a pagar multa de R$ 15 mil, mas recorreram à decisão. Desta forma, Roseli continuou no cargo devido a uma liminar.

Acusação de homicídio

Em maio deste ano, Roseli foi à juri popular acusada de ser mandante do assassinato do jornalista e dono do jornal O Grito, Maurício Campos Rosa, ocorrido em agosto 2016. Conforme a denúncia, Roseli teria usado R$20 mil dos cofres públicos para pagar os suspeitos de matar Maurício Campos Rosa com sete tiros.

A política foi absolvida das acusações de assassinato, mas condenada por desvio de dinheiro público a 2 anos e 9 meses em regime aberto.

Foto: Reprodução

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