O setor do agronegócio fecha o ano em Minas Gerais com saldo positivo e otimista para 2020, segundo o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais, Roberto Simões. Durante o balanço do agronegócio apresentado na manhã desta quinta-feira (12), o dirigente disse que praticamente todas areas, como o café, leite e grãos foram bem em 2019.
Sobre o cenário para o ano que vem na pecuária, o tom para exportações segundo o dirigente segue elevada com muita demanda da Ásia pela carne, frango e porco do Brasil. Com base nos dados sobre o desempenho do agronegócio analisados de janeiro a novembro deste ano, a Faemg considerou o ano bom para o agronegócio do Brasil e de Minas. O valor bruto da produção (VBP) agropecuária de Minas Gerais somou R$ 66,046 bilhões neste ano, com acréscimo de 5,8% frente ao resultado de R$ 62,442 bilhões em 2018. A receita dos produtos agrícolas alcançou R$ 37,239 bilhões, com recorde de produção de grãos; e o faturamento dos itens da pecuária atingiu R$ 28,807 bilhões.
Para quem espera redução no preço da carne possibilitando novidades no setor de um retorno aos patamares anteriores, Simões descartou alegando inclinação e prejuízo nos preços da carne por três anos e meio, mas confirmou uma redução, sem mencionar o percentual para o início do ano que vem. Segundo ele, em 2020, as exportações do produto brasileiro para a Ásia – principal responsável pela alta dos preços – seguirão elevadas.
“Os autos custos de produção que não deixaram de crescer também como valor para p produtor. É melhor que se tenha uma cadeia mais bem administrada e os preços corrijam mais suavemente de acordo também com o possível aumento de renda dos consumidores. Isso que seria ideal. Nós vamos ter preços não nesse volume tão alto, mas com certeza um pouco maiores do que se praticou até no início do ano”.
No início da semana, o presidente Jair Bolsonaro disse que o preço da carne no mercado brasileiro deve cair e justificou a alta pela “entressafra”. “É natural nessa época do ano a carne subir por volta de 10%. Subiu um pouco mais, tendo em vista as exportações”, disse.
Por: Lena Alves @leninhaandrade – Twiter
Fotos: Maria Teresa Leal / Lena Alvez / Assessoria FAEMG