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Falta de manutenção causou o apagão no Amapá, conclui Aneel Repetidas falhas que "poderiam ter sido evitadas" deixaram centenas de famílias sem energia elétrica por quase 1 mês na cidade no ano passado.

19 de fevereiro de 2021, 16h30 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

by Redação ★ Blog do Lindenberg

A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) concluiu que o apagão que deixou o Amapá 22 dias sem luz no fim de 2020, foi resultado de inúmeras falhas de manutenção.

Segundo a fiscalização da agência reguladora, a falta de energia elétrica em 14 das 16 cidades do Estado poderia ter sido evitada.

A responsável pela operação da subestação, foi multada em R$ 3,6 milhões, o equivalente a 3,54% de sua receita operacional líquida. Segundo a Aneel, foi a maior multa aplicada pela agência, em termos percentuais.

O apagão ocorreu após incêndio em um dos transformadores da subestação de Macapá no dia 3 de novembro. A instalação operava de forma precária, já que um dos seus três transformadores estava parado para manutenção. Após o incêndio, o segundo equipamento em operação também teve problemas.

Segundo a Agência, além da manutenção deficiente nesse transformador, ele apresentava falhas desde 2014, houve “excessivo tempo de paralisação” em um dos equipamentos que poderia servir de reserva.

O fornecimento de energia nos municípios afetados foi totalmente restabelecido no dia 24 de novembro, com a chegada de dois transformadores levados de outros estados para o Amapá.

Em entrevista à imprensa da Casa legislativa, senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP) disse que a conclusão da Aneel é óbvia e pediu a continuidade das ações judicias. 

“É fundamental que as ações judiciais, para reparar danos causados pela falta de energia aos cidadãos, não sejam retiradas.”

Na entrevista, o senador criticou a demora na conclusão do relatório.

“A Aneel acaba de concluir o óbvio. O que todos os amapaenses sabem desde novembro. Que o apagão poderia ter sido evitado. Ora não precisava a Aneel ter demorado 4 meses para chegar a essa conclusão. Bastava ter vindo ao Amapá. Ter visto os danos que todos os amapaenses tiveram”, disse.

A empresa LMTE (Linhas de Macapá Transmissão de Energia), responsável pela operação da subestação, 
foi concedida à espanhola Isolux, que segundo noticiário, pediu recuperação judicial em 2016. Em 2020, logo no início, o ativo foi transferido para a Gemini Energy.

Em nota divulgada à imprensa, a empresa diz que recorrerá do auto de infração da Aneel e que “as causas que levaram a contingências múltiplas, paralisando dois transformadores na subestação Macapá, no dia 3 de novembro de 2020, ainda estão sendo apuradas”.

Com Agência Senado
Foto: Ministério de Minas e Energia

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