As eleições presidenciais dos Estados Unidos seguem sem um vencedor definido no dia seguinte à votação. O resultado será decisivo para definir quem vai ocupar a Casa Branca pelos próximos quatro anos. Biden conseguiu vitórias importantes, como no Arizona, e em distritos de Maine e Nebraska. Trump tem a seu favor as conquistas na Flórida, no Texas e em Ohio.
A campanha de Donald Trump disse nesta quarta-feira (4) que irá à Justiça para suspender a contagem de votos na Pensilvânia, os republicanos também pedem recontagem de votos em Wisconsin e interrupção da contagem em Michigan.
A campanha de Trump acusou as autoridades eleitorais de proibirem os fiscais do partido – que acompanham a contagem – de se aproximarem a menos de 7,6 metros.
“Estamos processando para suspender temporariamente a contagem até que haja transparência significativa e que os republicanos possam garantir que todas as contagens sejam feitas de acordo com a lei”, disse o vice-diretor da campanha, Justin Clark, em um comunicado.
Mais cedo, também nesta quarta-feira, o diretor de campanha de Trump, Bill Stepien, disse que iria pedir “imediatamente” a recontagem dos votos no estado de Wisconsin.
Além disso, declarou que entrou com uma ação para interromper a contagem de votos em Michigan, alegando que foi negado à equipe de campanha o acesso para observar a abertura das cédulas.
De acordo com as projeções da agência de notícias Associated Press, o candidato rival – Joe Biden, do Partido Democrata – venceu em Wisconsin com 1.630.396 votos, ou seja, pouco mais de 49,5%. Já Trump obteve 1.609.879 votos, o que representa 48,95% do total.
A colunista do G1, Sandra Cohen, lembra que “a lei eleitoral de Wisconsin estabelece que se a diferença for menor do que 1 ponto, o perdedor pode forçar uma recontagem”.
Quatro anos atrás, nas eleições presidenciais de 2016, Trump chamou a recontagem de votos feita em Wisconsin de “golpe”, pedida pela então candidata Hillary Clinton.
O vencedor pode ser anunciado antes das datas previstas porque os números divulgados pela imprensa não são os da contagem oficial, que demoram muito a sair em alguns casos.
Eles são projeções feitas por organizações independentes, como a Associated Press, que tem colaboradores espalhados por todo o país.
Assim, o futuro presidente pode ser anunciado não por uma autoridade eleitoral oficial, mas quando órgãos de imprensa conseguirem gerar projeções suficientemente precisas para declarar que um determinado resultado é irreversível.
Com informações do G1.
Foto: Reuters.