De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), órgão ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, os números de focos de queimadas detectados por satélite em Minas Gerais cresceram cerca de 77% em comparação com o mesmo período do ano passado.
O monitoramento, que é realizado desde 1994, capta imagens de baixa (30 metros a 1 quilômetro) e média (10 a 50 metros) resolução espacial para estimar a superfície queimada no país. As imagens de satélite do Inpe mostram Minas Gerais em chamas, e segundo o órgão, houve 2.919 registros desde o início de janeiro deste ano até essa segunda-feira (26). No mesmo período do ano passado, foram 1.647, o que representa um aumento de 77%. E só neste mês de Agosto, 1.181 focos foram detectados.
Entre 1º de janeiro e o último dia 20, foram detectados 2.699 pontos no estado, contra 1.523 no mesmo período de 2018. Um dos principais fatores de risco para incêndios florestais estão baixa umidade relativa do ar, vegetação ressecada, ventos fortes e altas temperaturas. Mesmo com as condições naturais propícias, a maior parte dos incêndios ocorre por interferência do homem, já que nessa época do ano não há chuva nem raios, que seria a única causa natural.
O número de ocorrências registradas pelo Corpo de Bombeiros também chamam a atenção no estado. Segundo a corporação, de janeiro a julho deste ano, foram registrados 8.928 incêndios em vegetação. E em comparação com o mesmo período do ano passado, houve um crescimento de cerca de 31,2%, sendo 2.122 ocorrências a mais de queimadas.
Já na Região Metropolitana de Belo Horizonte, teve 1.891 incêndios em matas nos primeiros sete meses de 2019, cerca de 23,2% de registros a mais que em 2018, quando houve 1.535 queimadas. Na capital, as ocorrências subiram de 771 para 818, o que corresponde a um aumento de aproximadamente 6,1%.
No combate aos focos, a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, informou que o Instituto Estadual de Florestas (IEF) conta com 278 brigadistas, que podem atuar em unidades de conservação de todo o território mineiro. Assim, as áreas de preservação mais próximas a pontos em chamas enviam brigadistas para a contenção de focos, como é o caso das unidades de Ouro Preto, Ouro Branco e Moeda, na Região Central, Belo Horizonte, São José da Lapa e Nova Lima, na Grande BH.
Foto: CBMMG