O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), até o momento, decidiu manter o secretário de Saúde, Carlos Eduardo Amaral na pasta. Ele vem sendo questionado sobre denúncias de casos de “fura-filas” de vacinação pela Covid-19 entre servidores da pasta.
O que gerou revolta dos deputados estaduais que tem se organizado para instalar, possivelmente nos próximos dias, uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) com o objetivo de investigar os servidores da Secretaria de Saúde que receberam antecipadamente a vacina contra o coronavírus.
Esta semana o assunto veio à tona, e ganhou muita repercussão no governo de Minas. Na última terça-feira (09), após divulgação na imprensa, informação dava conta que, além do secretário de Saúde, cerca de 500 servidores da pasta que estão fora dos grupos prioritários, receberam a primeira dose da vacina contCovid-19. Fontes do blog disseeram que há uma pressão pela saída de Amaral.
No dia (9), a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES) confirmou que o secretário havia sido imunizado contra a Covid-19. O caso e outras denúncias são investigadas pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). Além do responsável pela pasta, assessores de imprensa, funcionários de almoxarifado e outros servidores também teriam sido vacinados.
Insatisfação
Insatisfação do governo com o secretário é crescente e, segundo apuração do blog, ele foi orientado a deixar o cargo
por alguns integrantes do Poder Executivo, mas ainda não estaria disposto a deixar o cargo.
Após reunião na manhã de hoje, na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte, com encontro a portas fechadas, o secretário saiu sem falar com a imprensa.
Já o governador Zema, pouco após o encontro, usou as redes sociais para prestar solidariedade às famílias das mais de 20 mil vítimas que perderam a vida por causa da Covid-19 no estado. A marca foi atingida nesta quinta.
Prefeitura de BH
A Ouvidoria da Prefeitura de Belo Horizonte recebeu 148 denúncias de supostos “fura-filas” da vacinação contra a Covid-19 entre 18 de janeiro e a última sexta-feira (5). Segundo a administração municipal, todos estão em investigação e não há queixas envolvendo servidores.
“A Secretaria Municipal de Saúde informa que os casos de pessoas que foram vacinadas indevidamente por não estarem nos grupos contemplados, os chamados ‘fura-filas’, estão em investigação e são de hospitais e clínicas particulares”, afirmou a pasta, em nota.
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Foto: Agencia Minas
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