Por Terra
A Globo Comunicação e Participações (GCP), companhia de comunicação do qual faz parte a TV Globo, projeta fechar o ano com aumento de 19% no faturamento total em relação a 2020.
Seriam mais R$ 2,3 bilhões de receitas somados aos R$ 12,5 bilhões faturados no ano passado. Caso a estimativa se confirme, a entrada de quase R$ 15 bilhões será o melhor resultado para o grupo desde 2017.
Após prejuízo de R$ 114 milhões no primeiro semestre, a Globo teve recuperação surpreendente, com lucro de R$ 142 milhões no terceiro trimestre. Deve registrar lucro anual maior que os R$ 167,8 milhões de 2020.
No último balanço, a empresa tinha R$ 12,5 bilhões em caixa, patrimônio líquido de R$ 15,8 bilhões e recursos garantidos para o pagamento das dívidas com vencimento a médio e longo prazos.
Uma situação financeira bastante confortável, sem qualquer risco de insolvência. O boato de falência iminente, espalhado pelos inimigos ideológicos da emissora, não se sustenta após a análise dos números.
O canal não se abalou com a perda anual de R$ 300 milhões de verba publicitária do governo federal desde o início do mandato de Jair Bolsonaro.
O presidente cumpriu a promessa de campanha e cortou radicalmente o investimento em propaganda na Globo. “Acabou a mamata”, anunciou repetidas vezes. “Não tem mais teta.”
Na prática, a receita procedente da Presidência, dos ministérios e das estatais nunca representou mais de 5% do faturamento da emissora com venda de espaço nos intervalos.
A realidade contraria o que disse Jair Bolsonaro, ao vivo, no ‘Jornal Nacional’, em 28 de agosto de 2018. “São bilhões que o Sistema Globo recebe de recursos da propaganda oficial”, disparou em tom acusatório. No dia seguinte, o âncora William Bonner leu nota negando que a verba anual chegasse na “casa do bilhão”.
Qualquer dinheiro a menos em uma empresa faz falta, obviamente, mas, no caso da Globo, novas fontes de receitas e o corte sistemático de gastos compensaram a retração de verba pública ordenada por Bolsonaro.
O cenário se tornou tão positivo na companhia da família Marinho que há previsão de aumentar em 50% o investimento na produção de conteúdo em 2022.
Foto: Fotomontagem: Blog Sala de TV