Uma nova pesquisa XP/Ipespe divulgada nesta quarta-feira (20) mostra tendência de aumento na reprovação ao governo do presidente Jair Bolsonaro e de redução na aprovação.
O grupo que considera o governo bom/ótimo oscilou de 27% na rodada concluída em 30 de abril para 25% agora, enquanto os que avaliam a gestão como ruim/péssima foram de 49% para 50%. No levantamento anterior, de 24 de abril, os números eram 31% e 42%, respectivamente.
Também se observa deterioração na expectativa para o restante do governo, que agora é 48% negativa e 27% positiva, ante 46% e 30% em abril.
A atuação de Bolsonaro na crise é vista como boa ou ótima por 21% e como ruim ou péssima por 58%, enquanto 19% veem como regular. No levantamento anterior, 54% viam a atuação do presidente como ruim ou péssima, 23% como ótima ou boa e 22% como regular.
A pesquisa XP/Ipespe ouviu 1.000 eleitores de todas as regiões do país, a partir de entrevistas telefônicas realizadas por operadores entre 16 e 18 de maio. A margem máxima de erro do levantamento é de 3,2 pontos percentuais para cima ou para baixo.
O movimento de deterioração é semelhante na área econômica, em que o grupo que avalia que a economia está no caminho errado saltou de 52% para 57%. Já os que veem a economia no caminho certo passaram de 32% para 28%.
De acordo com a pesquisa, 23% dos entrevistados consideram o governo Bolsonaro como o maior responsável pela situação econômica atual, ante 20% do levantamento anterior e 18% de 24 de abril. 14% culpam fatores externos, ante 13% e 15% das divulgações anteriores. Na pesquisa atual, 9% veem o governo de Michel Temer (2016-2018) como o maior responsável pela situação atual, 12% consideram o governo Dilma Rousseff (2011-2016) e 25% consideram o governo Lula (2003-2010).
Apoio ao isolamento
A pesquisa mostra que se mantém alto o apoio ao isolamento social como medida de enfrentamento à pandemia: 76% avaliam que é a melhor forma de se prevenir e tentar evitar o aumento da contaminação pelo coronavírus , enquanto 7% discordam. Outros 14% avaliam que ele está sendo exagerado.
Sobre o tempo de duração do isolamento social, 57% defendem que ele deve continuar até que o risco de contágio seja pequeno.
Ao serem questionados sobre o impacto da saída de Nelson Teich do cargo de ministro da Saúde na última semana, 54% avaliaram como negativo, 31% afirmaram que não terá impacto para o país, enquanto 6% viram impacto positivo e 9% não souberam ou não responderam.
A pesquisa XP/Ipespe também aponta redução na avaliação positiva da ação dos governadores para o enfrentamento à crise. 46% veem atuação como boa ou ótima, ante 53% na última pesquisa, enquanto os que acreditam que a atuação é ruim ou péssima foram de 16% para 23%, uma alta de 7 pontos percentuais.
A avaliação positiva do Congresso também oscilou para baixo, passando para 13% de aprovação, ante 16% no final de abril e 18% na pesquisa divulgada no dia 24 do mês passado. A reprovação, por sua vez, também caiu, com 37% avaliando a atuação como ruim ou péssima, ante 40% do levantamento anterior, enquanto os que consideram regular foi de 40% para 45%.
Com informações do XP/Ipespe e InfoMoney.
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