Por Metrópoles
Antes de cobrar a demissão do presidente na Petrobras por causa dos reajustes nos combustíveis, o governo Bolsonaro ignorou um projeto de lei na Câmara que prometia reduzir em 10 a 15 centavos o preço do litro da gasolina. A proposta foi rejeitada sem dificuldades no último dia 8 pela Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços da Casa.
O projeto de lei, que permitiria o uso de bombas de autosserviço em postos de combustíveis, foi apresentado em abril de 2019 pelo deputado Vinicius Poit, do Novo de São Paulo, e mais seis colegas de partido. O modelo sem frentistas funciona nos Estados Unidos desde os anos 1950.
O setor estimou que a medida traria um desconto de 10 a 15 centavos por litro de gasolina. O Dieese apontou que o desconto seria de 12 centavos por litro.
A comissão aprovou rapidamente o texto do relator, deputado Augusto Coutinho, do Solidariedade de Pernambuco, que foi contra o projeto. Coutinho estimou que o autosserviço traria mais 250 mil desempregos ao país e rejeitou o texto. Sete deputados discursaram na comissão. Nenhum a favor da proposta do Novo.
Nesta segunda-feira (20/6), o presidente da Petrobras, José Mauro Ferreira Coelho, pediu demissão, após forte pressão do governo, que tenta frear os reajustes dos combustíveis. Jair Bolsonaro ameaçou pedir uma CPI para investigar os executivos da estatal. O presidente da Câmara, Arthur Lira, cobrou publicamente a renúncia de Coelho.
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