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Governo de Minas autoriza funcionamento de todas as atividades não essenciais Secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, disse que medida tem objetivo de dar um 'fôlego' a atividades fechadas desde o início da pandemia; MG registra recorde diário de mortes pela covid-19.

28 de janeiro de 2021, 09h54 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

by Redação ★ Blog do Lindenberg

A Secretaria de Estado de Saúde anunciou mudanças no Minas Consciente. A partir de agora, todas as atividades vão poder funcionar nas cidades que aderiram ao programa, contemplando inclusive as que estão paradas desde o início da pandemia de Covid-19. Os protocolos a serem adotados vão variar conforme a “onda”, sendo a vermelha a mais restritiva. Anúncio veio no dia que Minas Gerais registrou recorde diário de mortes por Covid-19.

Esta é a terceira versão do programa de reabertura econômica desde o ano passado. A nova versão do programa estadual já está valendo e foi anunciada após coletiva ontem (27), depois da reunião do Comitê Extraordinário Covid-19.

Segundo o boletim epidemiológico divulgado nessa quarta-feira, foram 216 óbitos pela doença confirmados em apenas um dia.

Com a mudança, eventos poderão ocorrer com 30 pessoas nas cidades que estão na onda vermelha do programa estadual; com 100 pessoas na onda amarela e 150 na onda verde. Hotéis poderão funcionar com 50% de ocupação na onda vermelha, 75% na onda amarela e 100% na onda verde.

“Nós entendemos que esta mudança tem condição de ser mais perene, de ser mais duradoura, permitirá que aquelas atividades que estão fechadas há muito tempo, tenham algum fôlego retornem, preservando postos de trabalho. A atividade econômica, assim como o trabalho, são comemorativos e são indicadores da saúde, a gente tem que lembrar disso”, disse o Secretário de Estado de Saúde Carlos Eduardo Amaral.

Com a liberação de todas as atividades, o que muda são os protocolos adotados em cada fase. Na onda vermelha e amarela, será adotado um protocolo mais restritivo, com controle de fluxo na entrada dos estabelecimentos, teletrabalho, limite de uma pessoa por atendente no comércio não essencial, proibição de autoatendimento, medição de temperatura na entrada e estímulo ao agendamento. Já na onda verde, o protocolo será menos rigoroso.

O secretário disse que, neste momento, os municípios deverão fiscalizar o cumprimento ou não dos protocolos sanitários e que poderão contar com apoio da Polícia Militar.

“É muito importante podermos contar com fiscalização tanto do gestor municipal. A polícia militar está a disposição para acompanhar os fiscais municipais. Mas nós entendemos que o papel do cidadão é fundamental. Nós temos ainda uma epidemia que está muito forte, que a gente vê que tem necessidade de controle e o papel do cidadão é o principal no sentido do controle da epidemia”.

Ainda de acordo com Amaral, apesar de liberar o funcionamento de todas as atividades, as mudanças no Minas Consciente vão resultar em maior restrição à circulação de pessoas. “Nós teremos restrição para 2,9 milhões de pessoas, que corresponde a 86% dos vínculos empregatícios. E ampliação para 470 mil pessoas, o que corresponde a 14% dos vínculos. 308 mil trabalhadores que poderão trabalhar pela primeira vez desde o início das medidas restritivas”.

Produção de vacinas

O secretário de Estado de Saúde também falou sobre a possibilidade de a Fundação Ezequiel Dias (Funed) produzir vacinas contra a Covid-19.

O governo mineiro tem uma fábrica de vacinas, mas não chegou a fechar convênio para produção do imunizante contra o coronavírus, a exemplo da Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro e do Instituto Butantan, em São Paulo.

“O planejamento da Funed é extremamente sério. Não se faz planejamento no serviço público de forma aleatória, nós não podemos comprar vacina que não seja Anvisa. Nós temos contato com várias empresas, que a gente faz memorando de entendimento, que é a possibilidade do poder público conversar com o privado. Nós temos várias vacinas, várias que já nos procuraram, mas é necessário que isso tenha viabilidade dela poder ter uma Anvisa no futuro, poder ser adquirida pelo Ministério da Saúde. É fundamental que a gente tenha a perspectiva de futuro. Na Funed estamos pensando no futuro. (…) Nossa fábrica está 100% ocupada com a produção da meningite C.”

Com G1
Foto: Reprodução/TV Globo

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