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Governo Lula declara luto oficial de 7 dias pela morte do Papa Francisco Presidente destacou o empenho de Francisco em apoiar os excluídos e os que fogem de conflitos.

21 de abril de 2025, 14h51 | Por Letícia Horsth

by Letícia Horsth

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decretou, nesta segunda-feira (21), luto oficial de sete dias em memória do Papa Francisco. Em nota oficial, Lula enalteceu o legado do pontífice argentino, Jorge Mario Bergoglio, e expressou pesar pela perda de uma figura que, segundo ele, foi símbolo de acolhimento, empatia e respeito ao próximo.

O presidente destacou que Francisco pautou sua trajetória na vivência de princípios como amor, solidariedade e tolerância.
“Tal como ensina a oração de São Francisco de Assis, o Papa buscou incansavelmente semear amor onde havia ódio, e promover a união onde existia discórdia”, afirmou Lula.

Atuação global e posicionamentos sociais
Lula também chamou atenção para o protagonismo do Papa em pautas essenciais da agenda social e ambiental contemporânea. Segundo o presidente, Francisco foi responsável por inserir no centro das discussões do Vaticano temas como as mudanças climáticas e os impactos negativos de modelos econômicos excludentes e geradores de desigualdade.

“Ele esteve sempre ao lado dos que mais sofrem: dos pobres, dos migrantes, dos jovens, dos idosos, das vítimas de guerras e de todo tipo de preconceito”, declarou.

O presidente ainda rememorou os momentos que compartilhou com o pontífice, ao lado da primeira-dama Janja da Silva, classificando-os como encontros marcados por afeto e sintonia de valores.
“Conversamos sobre nossos sonhos comuns de um mundo com mais justiça, paz e igualdade. Sonhos que continuam mais atuais do que nunca”, disse Lula.

Na conclusão da mensagem, Lula manifestou solidariedade aos que sofrem com a perda e homenageou o Papa com palavras de carinho: “O Santo Padre parte, mas suas mensagens seguirão vivas em nossos corações”.

Três encontros marcantes entre Lula e Francisco
O presidente e o Papa se encontraram oficialmente em três ocasiões. O primeiro encontro aconteceu em 13 de fevereiro de 2020, no Vaticano, em uma reunião privada na Casa Santa Marta. Durante cerca de uma hora, dialogaram sobre o combate às desigualdades, a solidariedade e a construção de um mundo mais justo.

O segundo encontro ocorreu em 21 de junho de 2023, novamente no Vaticano. Já em seu terceiro mandato como presidente, Lula voltou a conversar com Francisco sobre os principais desafios globais — como a luta contra a pobreza, a defesa do meio ambiente e a promoção da paz. Na ocasião, Lula também convidou o Papa para visitar o Brasil, especialmente durante a tradicional celebração do Círio de Nazaré, em Belém do Pará.

O terceiro momento de aproximação aconteceu em 14 de junho de 2024, durante a Cúpula do G7, na região de Apúlia, no sul da Itália. Pela primeira vez, Francisco participou do evento como palestrante, alertando para o uso responsável da inteligência artificial e condenando o desenvolvimento de armamentos autônomos letais. Em uma reunião reservada, ele e Lula voltaram a tratar de temas como segurança alimentar, justiça social e redução das desigualdades globais.

Encontro de Janja com o pontífice
Em fevereiro de 2025, a primeira-dama Janja da Silva teve um novo encontro com o Papa, durante viagem a Roma em razão de sua participação na Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. Na ocasião, agradeceu pessoalmente pelas orações do Papa pela saúde do presidente e compartilhou preocupações sobre os impactos da fome e da pobreza na vida de mulheres e meninas.

Foto: Reprodução.

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