Para que possam votar a reforma da Previdência, que deve ir a plenário, em primeiro turno, ainda nesta semana, o presidente Jair Bolsonaro vai exonerar ministros que detêm mandatos na Câmara dos Deputados. A informação foi confirmada hoje (8) pelo Palácio do Planalto.
Atualmente, quatro ministros do governo são deputados federais: o chefe da Casa Civil, Onyx Lorezoni (DEM-RS); Tereza Cristina (DEM-MS), a titular da Agricultura; o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (PSL-MG) e o titular da pasta da Cidadania, Osmar Terra (MDB-RS). A previsão é que ministros da Casa Civil, Agricultura e Turismo retornem à Câmara até quarta-feira (10).
Em entrevistas a jornalistas, o porta-voz do governo, Otávio Rêgo Barros, disse “Os ministros que têm mandato já estão liberados para participarem da votação. O senhor presidente entende que a presença deles em plenário há de reforçar a presença do governo em plenário, no sentido que a Nova Previdência é essencial para o futuro do nosso país”.
O suplente de Onyx é o deputado Marcelo Brum (PSL-RS); a suplente de Tereza Cristina é a deputada Bia Cavassa (PSDB-MS); o suplente de Álvaro Antônio é Enéias Reis (PSL-MG); e o suplente de Osmar Terra é Darcísio Perondi (MDB-RS). O governo não informou se vai exonerar todos os quatro ministros para votarem a reforma.
Sobre as possíveis mudanças no texto da Previdência, como flexibilizar as regras de aposentadoria dos agentes de segurança, o governo prefere deixar nas mãos dos próprios parlamentares. Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro chegou a fazer um apelo público para que reivindicações dessa categoria fossem atendidas na comissão especial da Câmara, mas acabou sendo rejeitado pelo colegiado.
