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Guerra de governos

16 de outubro de 2023, 09h25 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

by Redação ★ Blog do Lindenberg

Por Heraldo Leite / Instituto Cultiva

Ao fazer uma análise da guerra entre Israel e o Hamas, o presidente do Instituto Cultiva, Rudá Ricci, negou que se trata de “atos de terrorismo” ou até uma guerra religiosa. “É uma guerra de governos”, definiu. A análise foi feita durante o Cultiva em Revista, live dominical do Instituto Cultiva, neste domingo (15).

Só para se ter uma ideia, Israel conta com um poderio bélico muito superior, com 160 mil soldados, além de ter convocado outros 300 mil reservistas. Por outro lado, o Hamas contaria com 20 mil integrantes e o Hezbollah, fundado no sul do Líbano, teria 50 mil – 100 mil segundo seus líderes.

Em relação ao número de mortes, outros números preocupantes. Segundo o Ministério da Saúde da Autoridade Palestina já seriam 2.329 pessoas. Para efeito de comparação, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), supera o número de 2.251 mortes em 50 dias de guerra em 2014.

“E como em qualquer guerra, as principais vítimas são mulheres e crianças“, alertou Rudá.

Posição da esquerda

As tentativas de encontrar brechas para minar o governo Lula por parte da extrema-direita também foram motivo de análise. Além de parte da imprensa corporativa que insiste em qualificar o Hamas como terrorista. “O governo Lula segue a orientação ONU que não qualifica o movimento como terrorista“, acrescentou Rudá.

Mas há um certa incoerência na esquerda, como apontou o vice-presidente do Instituto Cultiva, Ademir Castellari. “Historicamente a esquerda sempre esteve alinhada com os palestinos e com criação do Estado Palestino. Mas o que acontece é que O Estado brasileiro trabalhando pela paz condenado o ataque do Hamas e como Israel está agindo este é o dilema“, afirmou Ademir.

Dia dos professores

No dia dos professores, neste domingo (15), Ademir Castellari comentou, também, um estudo em que os professores se queixam da “visão que professores como os pais os enxergam pais não gostam deles e os alunos.” No entanto, os pais entenderam que a escola e os professores foram fundamentais como locais de apoio e acolhimento durante a pandemia. “O trabalho remoto influiu nos conflitos familiares“, acrescentou Rudá.

Frase da Semana

“Encontraremos esses malditos assassinos. Vamos eliminá-los da face da terra. Chegará o momento em que reconstruiremos as comunidades destruídas” (Benjamin Netanyahu)

Bola Cheia e Bola Murcha

O Bola Cheia da semana foi para o jornalista Breno Altman, do canal Opera Mundi. Judeu e comunista tem feito ótimas análises sobre o papel de Israel na guerra contra o Hamas. Já o correspondente Jorge Pontual, que destilou preconceito contra os palestinos, foi premiado com o Bola Murcha da Semana.

“Jaime Bunda – Agente Secreto” do angolano Pepetela foi a dica cultural de Ademir Castellari. Artur Carlos Maurício Pestana dos Santos, conhecido pelo pseudônimo de Pepetela, é um escritor angolano. Foi combatente do MLPA (Movimento Popular de Libertação de Angola)

Assista ao Cultiva em Revista

Foto: Reprodução

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