O Hamas afirmou nesta terça-feira (18) que os Estados Unidos tinham conhecimento prévio da ofensiva israelense contra a Faixa de Gaza e responsabilizou Washington pelos ataques que deixaram ao menos 404 mortos e 562 feridos durante a madrugada.
Conflito em Gaza
Durante a noite de segunda-feira (17) no Brasil – madrugada de terça-feira (18) no horário local –, as Forças de Defesa de Israel realizaram uma série de bombardeios contra a Faixa de Gaza. A ação representa a maior operação militar na região desde o início do cessar-fogo com o Hamas, em janeiro deste ano.
Os ataques atingiram diversos pontos do território, da Cidade de Gaza, no norte, até Khan Younis, no sul. O grupo palestino acusou os Estados Unidos de envolvimento direto na ofensiva, classificando-a como uma “guerra de extermínio” contra a população da Faixa de Gaza.
Segundo o Hamas, a Casa Branca teria sido consultada antes dos ataques, o que demonstraria uma “flagrante cumplicidade e parcialidade americana com a ocupação”, conforme reportado pela Al Jazeera.
“Com seu apoio político e militar ilimitado à ocupação, Washington tem total responsabilidade pelos massacres e pela morte de mulheres e crianças em Gaza”, declarou o Hamas.
Ofensiva israelense e contexto político
O governo de Israel justificou a retomada dos ataques afirmando que os alvos são lideranças do Hamas e infraestruturas estratégicas do grupo. “Israel atuará, a partir de agora, contra o Hamas com força militar crescente”, afirmou o governo israelense, destacando que a operação poderá ser ampliada.
Os ataques ocorrem em meio a negociações delicadas para a segunda fase do cessar-fogo. O acordo inicial, firmado em 19 de janeiro, previa a interrupção dos confrontos e a troca de reféns mantidos pelo Hamas por prisioneiros palestinos detidos por Israel. No entanto, as negociações não avançaram e a trégua foi rompida.
Em comunicado oficial, o Gabinete de Imprensa do Governo de Gaza informou que quatro altos funcionários do Hamas morreram nos bombardeios israelenses.
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