Apesar de a inflação ter vindo acima das estimativas dos analistas em dezembro, o Brasil encerrou 2023 com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) abaixo do teto da meta estipulado pelas autoridades. É a primeira vez que isso acontece em três anos.
Como noticiado pelo Metrópoles, a inflação brasileira no ano passado foi de 4,62%. Em dezembro, o índice ficou em 0,56%, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo o Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta de inflação para o ano passado era de 3,25%. Como há intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, a meta seria cumprida se ficasse entre 1,75% e 4,75%. A inflação brasileira de 2023, portanto, terminou o ano abaixo do teto da meta.
A última vez que o IPCA havia ficado dentro da meta foi em 2020, quando a inflação no Brasil foi de 4,52%.
Em 2022, o IPCA ficou acima do teto da meta pelo segundo ano consecutivo, terminando o ano em 5,79%. Em 2021, a inflação brasileira ultrapassou os dois dígitos, ficando em 10,06%.
A meta de inflação é definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que hoje tem como integrantes os ministros da Fazenda (Fernando Haddad), do Planejamento e Orçamento (Simone Tebet) e o presidente do Banco Central (Roberto Campos Neto).
A responsabilidade por manter a inflação dentro da meta é do BC. Quando o indicador fica fora do intervalo estipulado, a autoridade monetária precisa encaminhar uma carta pública ao Ministério da Fazenda dando explicações. Na gestão de Campos Neto, isso ocorreu duas vezes: em 2021 e 2022.
O centro da meta de inflação no Brasil tem caído, paulatinamente, desde 2018, quando era de 4,5%. O regime de metas de inflação foi instituído no país em 1999.
De acordo com a última edição do Relatório Focus, do Banco Central (BC), divulgada no início da semana, o mercado projeta que a inflação termine 2024 em 3,9%. Em 2025, o IPCA ficaria em 3,5%.
A meta de inflação para 2024 e 2025 é de 3%.Como há um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, ela será cumprida se ficar entre 1,5% e 4,5%.
Com informações do Metrópoles.
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