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Instituto Orizonti avança com cirurgias robóticas ortopédicas Com o robô Rosa, ainda pouco utilizada no Brasil, hospital geral de BH amplia procedimentos robóticos realizados em Minas, desta vez na ortopedia

17 de março de 2022, 14h10 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

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Por Saulo Penaforte

A artrose, doença degenerativa que acomete as articulações, é uma das queixas mais frequentes da população, sendo responsável por 30 a 40% dos atendimentos nos ambulatórios de reumatologia, segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR). Um problema que afeta 80% das pessoas com mais de 65 anos no mundo todo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), com mais de 15 milhões de pacientes, o Brasil só perde para os Estados Unidos no percentual de casos.

Em níveis mais severos e avançados, a artrose só pode ser revertida por meio da substituição total da articulação do joelho por próteses ortopédicas. Para ajudar a tratar esses pacientes, o Instituto Orizonti, hospital geral localizado na capital mineira, adquiriu o robô Rosa (Rosa Knee System), um robô de tecnologia americana, fabricado pela líder global Zimmer Biomet. Esse tipo de equipamento, recentemente usado na medicina no Brasil, é o que há de mais moderno no mundo em cirurgias ortopédicas e sua utilização ainda está restrita a cinco estados, além de Minas (São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Rio de Janeiro).

A tecnologia consiste em um sistema cirúrgico assistido por um robô projetado para ajudar os cirurgiões na realização do procedimento de substituição total do joelho, com recursos para auxiliar nas ressecações ósseas, além de avaliar o estado dos tecidos moles para facilitar o posicionamento do implante intra ortopédico.

O cirurgião especialista em ortopedia e traumatologia do Instituto Orizonti, Afonso Paulo Almeida Magalhães Neto, explica que o sistema fornece uma análise contínua de dados para auxiliar na tomada de decisões complexas e permite que os cirurgiões usem a tecnologia de computador e software para posicionar instrumentos cirúrgicos, permitindo grande precisão durante os procedimentos.

“A finalidade é apresentar informações adicionais que ajudarão no posicionamento mais personalizado dos implantes. Isso possibilita tratar de anomalias no alinhamento, determinando as ressecções com base no tecido mole e na anatomia óssea de cada paciente”, disse.

AVANÇO TECNOLÓGICO – Ainda conforme o especialistas, a aquisição do robô Rosa pelo Instituto Orizonti auxilia diretamente no avanço dos procedimentos robóticos no país. “Estamos avançando no uso e no desenvolvimento constante de novas tecnologias robóticas na área da saúde. Hoje, o Brasil é o país que mais realiza cirurgias com o auxílio de robôs na América Latina e Minas Gerais ocupa o terceiro lugar no ranking nacional (primeiro em robótica ortopédica), mas ainda há muito a ser explorado, e o robô Rosa mostra que há muita vontade de se navegar nesse mar tecnológico”, afirmou.

O uso da ferramenta foi um dos destaques do Congresso da Sociedade Brasileira de Ortopedia 2021. Com tecnologia e uso aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), até o momento já foram realizadas mais de 300 cirurgias em todo país. Somente o Instituto Orizonti já realizou 25 procedimentos desde o final do ano passado.

QUALIDADE DE VIDA – A aposentada Solange Andrade Domingos Machado, de 70 anos, traduz bem os benefícios da cirurgia com o robô Rosa. Há 33 anos ela foi acometida por uma artrite reumatoide que desencadeou artrose no joelho esquerdo. No entanto, ela sofreu um acidente que exigiu a colocação de uma haste, do quadril ao joelho, que veio a comprometer a possibilidade de realização da cirurgia convencional para correção da artrose. “Convivia com a dor constantemente e nem medicação fazia efeito”, relata.

A boa notícia veio quando o ortopedista informou que, com a tecnologia robótica, seria possível realizar o procedimento de forma precisa e segura. Foi aí que ela chegou ao Instituto Orizonti. Ela está entre os 25 pacientes que já foram operados com o robô Rosa no hospital. A cirurgia, realizada no dia 12 de janeiro, trouxe uma nova qualidade de vida para a paciente. “Quando recebi a notícia de que a cirurgia robótica poderia ser uma solução, fiquei muito feliz. Essa foi a única alternativa possível para o meu caso e trouxe um alívio muito grande. O pós operatório foi tranquilo e as dores já passaram. Agora tenho uma vida nova”, comemora.

Foto: Divulgação

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