Por DCM
O Exército de Israel, na última quarta-feira (15), executou uma incursão no maior hospital de Gaza, o Hospital al-Shifa, envolvendo cerco prolongado e ataques intensos. A incursão durou cerca de 12 horas.
Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, saudou a conquista, dizendo que “não há lugar em Gaza que não possamos alcançar. Não há esconderijos. Não há abrigo ou refúgio para os assassinos do Hamas.”
Durante a operação, os militares interrogaram e revistaram pacientes no pátio do complexo, mantendo alguns palestinos despidos até a roupa íntima, relataram jornalistas no local. A intervenção foi justificada pelos militares, sob a alegação de que o Hamas mantinha um centro operacional no subsolo do hospital, o que não passa de uma mentira. Após o ataque, Israel apagou nas redes sociais um vídeo que mostrava provas plantadas durante a invasão no hospital.
Com mais de 7 minutos de duração, as imagens mostravam uma suposta descoberta de “armas do Hamas” no centro de ressonância magnética do hospital. No vídeo, militares exibiram peças de fuzil enroladas em um tecido em um pequeno armário, enquanto seu porta-voz segurava uma mochila, gesticulando em direção a um notebook ao lado de uma pilha de CDs.
O post original foi apagado e os militares publicaram uma outra versão, com cerca de 20 segundos a menos, trocando a alegação de que o notebook mostrava uma imagem de um soldado israelense “resgatado” pelas tropas.
Além da sacola de armas atrás da máquina de ressonância magnética, o vídeo mostrava um colete à prova de balas com as insígnias das alas militares do Hamas e da Jihad Islâmica.
Confira abaixo:
Could be the most staged video ever? 🤡🇮🇱 pic.twitter.com/yXnCqH6MwM
— Dr. Anastasia Maria Loupis (@DrLoupis) November 15, 2023
Foto: Reprodução