Por Estado de Minas
A juíza Ludmila Lins Grillo, da Vara Criminal e da Infância e da Juventude de Unaí, Noroeste de Minas Gerais, já envolvida em polêmica por defender a aglomeração de pessoas em plena pandemia, agora compartilhou um vídeo nas redes sociais ensinando “táticas” para não usar máscara em espaços públicos.
A magistrada aparece dando dica sobre tomar sorvete no shopping para não precisar andar com a proteção no rosto. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) recebeu uma representação nessa segunda-feira (04/12) pedindo a abertura de um processo administrativo contra a juíza.
“Andando no shopping tomando sorvete. Com sorvete pode andar sem a máscara, acabar de tomar o sorvete você bota a máscara. O vírus não gosta de sorvete”, disse no vídeo.
Passo a passo para andar sem máscara no shopping de forma legítima, sem ser admoestado e ainda posar de bondoso:
1- compre um sorvete.
2- pendure a máscara no pescoço ou na orelha, para afetar elevação moral;
3- caminhe naturalmente. pic.twitter.com/bmuS7eGEnL
— Ludmila Lins Grilo (@ludmilagrilo) January 4, 2021
No entanto, internautas apontaram que esta mesma dica havia sido passada pela atriz Luana Piovani, que testou positivo para a doença dias depois. Ela chegou a dizer que se arrependeu por ter diminuído o poder de contaminação da COVID-19.
pic.twitter.com/XD0UadKc2V https://t.co/0VSCdvHbtr
— fe paes leme (@vaaaifelipe) September 21, 2020
Ludmila também deve ser investigada por fazer publicações nas redes sociais em defesa da aglomeração de pessoas. No Twitter, ela compartilhou o registro de uma viagem a Búzios, no litoral fluminense, durante as comemorações de Ano Novo. Ela diz que a ‘cidade que não se entregou docilmente ao medo, histeria ou depressão’ e incluiu a hashtag #AglomeraBrasil.
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) recebeu uma representação pedindo a abertura de um processo administrativo contra a magistrada. No documento, o advogado José Belga Assis Trad, diz que a juíza cometeu infração étnico-disciplinar ao se manifestar contra as recomendações das autoridades sanitárias.
“As pessoas que nela confiam por ser uma autoridade integrante do Poder Judiciário certamente serão influenciadas por sua irresponsável e inconsequente manifestação, que, de tão absurda, pode estar a configurar crime de apologia à infração de medida sanitária preventiva”, diz o pedido.
Foto: Reprodução/Twitter