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Kalil anuncia decreto que obriga uso de máscaras em BH a partir de sexta Segundo o chefe do executivo municipal, a PBH vai distribuir o item de segurança para 'os miseráveis, os invisíveis'; Decisão será oficializada por decreto na próxima sexta-feira (17).

14 de abril de 2020, 16h56 | Por Letícia Horsth

by Letícia Horsth

O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), disse em coletiva na tarde desta segunda-feira (14) que o uso de máscaras será obrigatório na cidade. As novas medidas para conter o avanço do novo coronavírus na capital mineira serão anunciadas em um decreto na próxima sexta-feira (17).

Ainda segundo o prefeito, quem não usar o Equipamento de Proteção Individual (EPI) poderá ser proibido de entrar em qualquer estabelecimento da cidade. Sem ainda detalhar quais os pontos do documento, além das máscaras, as ações devem estar voltadas para o transporte coletivo da cidade.

“Faz com meia, faz com camisa, faz com fralda. A população tem que cuidar dela mesma”, afirmou Kalil. “É todo mundo junto, nós só temos um inimigo. Se não tiver um capacete e o tiro estiver comendo, caça um penico e põe na cabeça. Nós temos que nos proteger”, completou.

A administração municipal encomendou 1,5 milhão de máscaras para distribuir para pessoas carentes. Kalil adiantou que haverá distribuição gratuita, via centros de saúde, para a população mais pobre. O processo de compra foi iniciado nesta terça-feira e a previsão é a de que o fornecimento comece dentro em duas semanas, respeitando o prazo que pode ser pedido pelas empresas para a entrega do suprimento.

Já os demais belohorizontinos terão que comprar a própria proteção. O secretário de Planejamento, André Reis, indicou que as do tipo caseiras podem ser usadas, e que cuidados devem ser seguidos, independentemente do modelo.
Essa é uma das rigorosas medidas que estarão no novo decreto, o quarto editado pela prefeitura em menos de um mês.

Segundo o Secretário Municipal de Saúde, Jackson Machado, o isolamento em Belo Horizonte tem dado certo. Jackson afirmou que desde que as medidas mais restritivas tiveram início, mais de 70 mortes e dois mil casos podem ter sido evitados.

* Monitoramento*

Ainda na mesma coletiva desta tarde, Kalil confirmou que a prefeitura contará com sistema de monitoramento através da disponibilização de dados de celulares para evitar aglomerações e a proliferação da Covid-19.

O sistema funcionará em parceria com as operadoras Vivo, Claro, Oi e TIM, que repassarão dados de aglomerações a partir de 30 mil pessoas, fazendo, em tempo real, um monitoramento territorial e a dinâmica de monitoramento.

Questionado sobre as constantes aglomerações, Kalil disse que a Guarda Municipal vem atuando para evitar essas aglomerações e ganhará essa evolução tecnológica. Porém, não deu detalhes de como será feito. “A Guarda Municipal está por conta disso, mas estamos na guerra e vamos falhar. Agora, teremos monitoramento de transporte e de telefone celular. Vamos esperar os dados para ver o nível de isolamento social”, afirmou o prefeito.

A estratégia já está em prática em outras cidades e Estados do Brasil. O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), recentemente anunciou o que chamado de “sistema de monitoramento inteligente” dos cidadãos (Simi-SP) está funcionando para evitar aglomerações utilizando tecnologias digitais como os smartphones.

Foto: Reprodução/TV Globo

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1 comentário

Alex 16 de abril de 2020 - 22:26h

Nos não temos prefeito, temo um lixo!😝

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