Por Estado de Minas
O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), afirmou, na tarde desta quinta-feira (2), ao comentar a greve do transporte público na capital, que não vai “assentar em nenhuma mesa de discussão nem vai falar sobre aumento de tarifas enquanto houver estado de greve”.
“Mais uma vez não foi cumprida a determinação da Justiça.” Ele espera que a situação seja resolvida entre os sindicatos patronal e dos trabalhadores.
Ele apontou que a PBH reconhece a legalidade do que foi estabelecido na Justiça e espera que alguma providência seja tomada. Nessa quarta-feira, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) determinou uma escala mínima de 60% da frota em circulação.
“Estamos muito preocupados e é importante que seja colocado de forma clara. Temos que trabalhar pela cidade, o povo está precisando”, acrescentou.
Os rodoviários decidiram retomar a greve a partir da madrugada de hoje. Eles alegam estar sem aumento há dois anos e reivindicam reajuste de 9%, mais correção dos vencimentos pelo Índice Nacional de Preço ao Consumidor (INPC). Outras pautas do movimento são: retorno do ticket nas férias, pagamento do abono 2019/2020 e fim da limitação do passe livre.
A categoria chegou a cruzar os braços em 22 de novembro, mas suspendeu a greve 24 horas depois, após a sinalização de um acordo pelo Sindicato das Empresas de Transporte Público de Belo Horizonte (Setra-BH).
A proposta apresentada pelo Setra-BH, no entanto, não agradou aos motoristas, já que contempla o aumento de 9%, mas exclui a reposição salarial pela inflação, principal bandeira do movimento grevista.
Foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press