Por Itatiaia
Em entrevista exclusiva ao programa Chamada Geral da Rádio Itatiaia no início da tarde de segunda-feira (4), o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), analisou a polêmica em torno da decisão de suspender o comitê criado pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) para discutir mudanças no contrato do transporte coletivo da cidade e a revisão tarifária.
A determinação foi publicada no último 22 de setembro no Diário Oficial do Município (DOM) e gerou polêmica com o vereador Gabriel Azevedo (sem partido), que preside a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da BHTrans.
A suspensão do comitê foi determinada, segundo detalhou Kalil, em função das suspeitas em torno do processo licitatório de 2008 para concessão do serviço do transporte público – os contratos foram recém-encontrados. A PBH informou à época da publicação no DOM que o comitê retomaria os trabalhos depois que as suspeitas fossem apuradas ou esclarecidas.
Kalil comentou: “Foi uma decisão minha (suspender o comitê). Ora, se eu tenho uma CPI que está apurando um malfeito, se não tem que fez o malfeito, como é que eu vou criar uma empresa nova? Com funcionários, inclusive da BHTrans, que nós não sabemos quem fez o malfeito? É uma questão de lógica”.
O prefeito reforçou ainda que é necessário que sejam apuradas as suspeitas, para, então, revisar os contratos. “Eu não encerrei nada, não, eu adiei. Eu não estou entendendo esse desespero. Eu adiei para, quando acabar (a CPI), a gente saber. Como é que eu vou fazer uma empresa nova com defeito velho? É uma questão de lógica”.
Ele também dispara sobre a polêmica: “Eu escrevi isso na suspensão (o porquê). Então, isso é desespero porque faltou um palanque. Eu não estou entendendo o que foi isso”.
Foto: Queka Barroso/Itatiaia