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Laudo aponta substância tóxica em cerveja da Backer, revela PC Primeiras apurações sobre o caso de intoxicação tem doença desconhecida que causou a morte de um homem e internação de outras sete pessoas.

10 de janeiro de 2020, 03h27 | Por Lena Alves

by Lena Alves

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informou na noite desta quinta-feira (9),  que as primeiras apurações  sobre o caso de intoxicação, com doença ainda desconhecida, apresentou laudo positivo com  presença de substância tóxica ‘dietilenoglicol’ em lotes de  cervejas da Backer.  Desde que o caso veio à tona,  um homem morreu e outras sete vítimas  seguem internadas em hospitais de Belo Horizonte.

O resultado preliminar foi revelado no final da noite, por volta das 23h40. Questionada  sobre a forma em que as substância foi encontrada na bebida ou identificada nas amostras recolhidas nas casas de pacientes a polícia não passou  detalhes.

A Vigilância Sanitária de Belo Horizonte e do Estado, assim como pela Agência de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) acompanham o processo  – que teve inquérito aberto pela PC. A investigação será acompanhada pela  força-tarefa. Processo ainda é considerado inicial.

Desde que foi notificada, a Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte acompanha e monitora os casos e investiga os aspectos clínicos, epidemiológicos e sanitários que envolvem a ocorrência.

Garrafas da cerveja Belorizontina, fabricada pela Cervejaria Backer, foram recolhidas na casa de pacientes com síndrome renal, sendo constatada preliminarmente, em duas das amostras, a presença da substância dietilenoglicol, utilizada no processo de refrigeração em serpentinas segundo a PC.

Peritos estiveram  na sede da cervejaria, localizada no Bairro Olhos D’Água, na Região Oeste de Belo HHorizonte hoje.

De acordo com as informações,  as garrafas recolhidas pertencem aos lotes L1 1348 e L2 1348. Elas  foram periciadas no Instituto de Criminalística de Belo Horizonte, disse à polícia.

O Procon-MG fez um alerta à população para que confiram dois lotes da bebida antes do consumo.

As  autoridades solicitaram ainda que consumidores que possuírem cervejas pertencentes aos lotes citados  encaminhem o produto à PC a fim de auxiliar nas investigações.

O inquérito do caso deverá ser concluído no prazo de 30 dias. A expectativa, segundo a Polícia Civil, é de dar uma resposta clara à população sobre o que originou o quadro da doença.

Dietilenoglicol

O dietilenoglicol (DEG) é uma substância de cor clara, viscosa, não tem cheiro e tem um gosto adocicado. A fórmula química é C4H10O3. Ela é anticongelante e de uso bastante comum na indústria.

A ingestão pode provocar intoxicação com sintomas como insuficiência renal e problemas neurológicos.

Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a substância é um solvente orgânico altamente tóxico que causa insuficiência renal e hepática, podendo inclusive levar a morte quando ingerido.

A intoxicação por DEG pode ocorrer quando ele é usado de forma inapropriada em preparações químicas, substituindo outros produtos não tóxicos para o ser humano. Desde 1937, foram registradas dezenas de casos de intoxicação em diferentes países.

Nota

A cervejaria Backer informou, na noite de hoje (9), que as cervejas dos lotes L1 1348 e L2 1348 serão recolhidas, após serem identificados neles a substância dietilenoglicol. E que está colaborando com os órgãos públicos de saúde que periciam o processo de fabricação.

 

 

Com: Agências 

Imagem: Divulgação/

 

 

 

 

 

 

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