Por Metrópoles
Após anular a eleição dos cargos da Mesa Diretora como primeiro ato da gestão, o novo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), avalia, nesta terça-feira (2/2), um acordo com os partidos que integram o bloco do candidato derrotado Baleia Rossi (MDB-SP). Não há, por ora, definição sobre as vagas.
Segundo dois aliados de Lira, a ideia seria oferecer dois dos seis cargos da Mesa Diretora, e não a divisão meio a meio, como ficou decidido na reunião do colégio de líderes dessa segunda-feira (1°/2) e que foi anulada por Lira, eleito com 302 votos, contra 145 de Rossi.
A Mesa Diretora, que é a cúpula da Câmara, é formada pela presidência, 1ª e 2ª vice-presidências e 1ª, 2ª, 3ª e 4ª secretarias, cargos a serem distribuídos proporcionalmente ao tamanho dos blocos formados para a disputa da presidência da Casa.
Um deputado do grupo pró-Lira, em reserva, explicou que não é apenas a divisão que está em jogo, mas, a questão do tamanho do bloco constituído no prazo, o que altera a correlação de forças. O empecilho tem sido a questão de quais cargos ficarão com o bloco de Baleia Rossi. O PT, por exemplo, que ficaria com a 1ª secretaria da Mesa, poderá ficar com a 3ª ou 4ª secretaria.
Uma das reclamações do grupo pró-Lira é de que o PT teria registrado a adesão ao bloco de Baleia Rossi seis minutos após o encerramento do prazo, marcado para segunda-feira, às 12h. Os petistas alegam ter tido problemas técnicos.
Desde as 11h desta terça-feira tem ocorrido diversas reuniões na Casa. A reunião do colégio de líderes foi adiada das 11h para as 14h15, e a votação, das 16h para as 18h.
Líderes de partidos que integram o bloco do emedebista avaliam obstruir a sessão e até ingressar com um mandato de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF), caso Lira não recue da decisão de anular a eleição da Mesa.
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