Home Câmara dos Deputados Lira volta atrás e diz que MP do governo não inclui racionamento de energia

Lira volta atrás e diz que MP do governo não inclui racionamento de energia Presidente da Câmara apontou primeiro que seria necessário 'período educativo' para país economizar energia, mas depois esclarece que redução do consumo será voluntária.

23 de junho de 2021, 06h51 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

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O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que a medida provisória que o governo prepara para lidar com a iminência de uma crise energética não irá trazer “qualquer comando relativo ao racionamento de energia”.

“Falei há pouco com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, que esclareceu que a Medida Provisória não irá trazer qualquer comando relativo ao racionamento de energia. Será feito o incentivo ao uso eficiente da energia pelos consumidores de maneira voluntária”, escreveu Lira no Twitter.

A medida foi antecipada pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, no dia 12. A reportagem do veículo que  teve acesso a documentos internos,  revelou  os bastidores da intenção para criação de um comitê de crise que terá o poder de adotar medidas como programa de racionalização compulsória do consumo de energia elétrica e a contratação emergencial de termoelétricas – mesmas medidas adotadas em 2001, quando a população e as empresas foram obrigadas a diminuir a carga em 20% para evitar o apagão.

Publicamente, sempre que questionado, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, tem negado o risco de um racionamento e assegurado o abastecimento.

A MP propõe a formação de um grupo que poderá mudar a vazão de hidrelétricas de forma imediata, sem aval de outros órgãos e entes que costumam ser consultados, entre eles Estados e municípios.

Os custos das medidas serão pagos pelo consumidor, por meio de taxas na conta de luz, diz a proposta. O texto está sendo analisado em meio à pior crise hidrológica que o Brasil viveu nos últimos 91 anos, sem perspectiva de chuvas nos próximos meses.

A criação do grupo, classificada como intervenção, e o programa de “racionalização compulsória do consumo de energia elétrica” surpreenderam o mercado e sofreram críticas de parlamentares.

 

 

Fonte: Estadão

Foto: Agência Câmara

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