Por UOL
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defende o direito inalienável do povo palestino à autodeterminação e critica o cerco estabelecido em Gaza. A mensagem foi emitida no dia internacional de solidariedade ao povo palestino, comemorado pela ONU e com eventos em várias partes do mundo.
“Na ocasião do Dia Internacional da Solidariedade com o Povo Palestino, o Brasil reitera seu firme e permanente apoio ao direito legítimo do povo palestino à autodeterminação”, escreveu o presidente, numa mensagem ao presidente do Comitê das Nações Unidas para o Exercício dos Direitos Inalienáveis do Povo Palestino, Cheikh Niang.
“Acreditamos que a paz e a estabilidade na região só serão alcançadas com um Estado da Palestina viável, convivendo lado a lado com Israel, dentro de fronteiras seguras, mutuamente aceitas e internacionalmente reconhecidas”, afirmou Lula.
Segundo ele, o Brasil acompanha com “grande consternação” a nova etapa do conflito israelo-palestino.
“Condenamos, veementemente, o bloqueio imposto a Gaza, o deslocamento forçado e qualquer ato de violência cometido contra a população palestina. A morte de milhares de crianças é particularmente chocante”, disse.
Para ele, uma “paz duradoura deve ser o objetivo final de todos”.
“Desde 7 de outubro, lancei apelo para que a comunidade internacional atue em prol da proteção de civis. Como membro eleito do Conselho de Segurança das Nações Unidas, o Brasil não poupou esforços para promover medidas para a cessação do conflito. Durante nossa presidência, em outubro, convocamos reuniões, fomentamos o diálogo e apresentamos projeto de resolução. Necessitamos de uma ação internacional revigorada e efetiva que contenha a escalada da violência na região”, defendeu.
Segundo Lula, o Brasil continua à disposição para “contribuir com as iniciativas e esforços em direção a uma paz justa e duradoura entre Israel e Palestina, com base na solução de dois Estados e no direito inalienável do povo palestino à autodeterminação”.
Foto: Ricardo Stuckert