Por Hoje em dia / Blog do Lindenberg
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva encontra-se com o presidente norte-americano, Joe Biden, em sua primeira visita à Casa Branca desde que tomou posse, mas é a quinta vez que Lula visita a sede do governo dos Estados Unidos – onde um dia foi chamado pelo presidente Barack Obama de “o cara, este é o cara”.
A viagem em si não traz muita novidade, a não ser pelo fato de o presidente Lula querer estabelecer relações multilaterais com várias nações, além de deixar claro que Biden e o petista se opõem frontalmente a Donald Trump e a Jair Bolsonaro, ambos ameaçadores, até porque os dois pretendem liderar a direita americana tanto nos Estados Unidos como aqui no Brasil.
Mas um dos principais objetivos da viagem de Lula aos Estados Unidos, além de romper com aquela discrepância que levou o país a um verdadeiro “pária” internacional, é o provável anúncio de Joe Biden à adesão americana do Fundo Amazônia – programa pelo qual países contribuem financeiramente com ações de defesa da Amazônia, daí inclusive a presença da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que deve se encontrar com o enviado especial para o clima, John Kerry, no salão oval da Casa Branca, junto com com Biden e Lula.
É de observar que outros países contribuem com esse esforço em defesa da Amazônia, como a Noruega e a Alemanha. O encontro de Lula e Biden foi ontem, mas antes Lula se encontrou com o senador Bernie Sanders e com outros políticos do Partido Democrata, além de se encontrar com representantes da Federação Americana de Trabalho e com o Congresso de Organizações Industriais.
Essa é a quinta visita de Lula aos Estados Unidos, onde já se encontrou com George W. Bush, além de um encontro com o sucessor de Bush, Barack Obama. Lula está hospedado na Blair House, residência do governo americano para convidados da Casa Branca, uma casa de 190 cômodos.
Nesses poucos dias de visita aos Estados Unidos, Lula e Biden vão discutir basicamente os seguintes pontos: democracia, direitos humanos, equidade racial, comércio e investimentos e assuntos globais, como a guerra da Ucrânia e o isolamento da Venezuela.
Quanto a estes assuntos, Lula já disse não esperar que o presidente Joe Biden o convide para tratar da guerra da Ucrânia, além de pelejar pelo fim do isolamento da Venezuela, coisa que não parece tão difícil assim até porque uma equipe precursora do governo Biden já esteve naquele país, um dos maiores produtores de petróleo do mundo.
Acompanham Lula nessa viagem os ministros Fernando Haddad, da Fazenda; Marina Silva, do Meio Ambiente; Anielle Franco, da Igualdade Racial, além do chanceler Mauro Vieira.
Não menos curioso é que o ex-presidente Jair Bolsonaro está nos Estados Unidos, na Flórida, e até já pediu um visto de permanência lá por mais seis meses. Com uma pitada de bom humor, o atual embaixador do Brasil nos Estados Unidos, Nestor Foster Jr., nomeado por Bolsonaro e já defenestrado da função, pediu férias ao saber que Lula estaria nesse meio tempo em território norte-americano.
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