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Lula dispensa 40 militares da administração do Palácio da Alvorada Lista com todos os oficiais afastados foi publicada no DOU desta terça (17/1). Dispensa ocorre após o governo identificar danos no Alvorada

17 de janeiro de 2023, 11h17 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

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Por Metrópoles

A Secretaria-Geral da Presidência da República dispensou 40 militares da Coordenação de Administração do Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente da República. A lista com o nome de todos os afastados está publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira (17/1). Entre eles, está o tenente-coronel Marcelo Ustra da Silva Soares, primo do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, um dos principais torturadores da ditadura militar e, até então, lotado no Gabinete de Segurança Institucional (GSI).

Embora a publicação não apresente justificativa para a dispensa, ela ocorre após a primeira-dama Rosângela Lula da Silva, a Janja, expor os danos no Alvorada encontrados pela equipe do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) depois que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) desocupou o local.

Em entrevista à GloboNews, Janja fez um passeio pela residência oficial e mostrou à jornalista Natuza Nery vidros de janelas rachados, sofás e tapetes rasgados e sujos, tetos com infiltração, tábuas soltas e quebras no piso. Uma série de móveis e obras de arte precisarão ser restaurados, por danos ou exposição indevida ao sol.

“O que a gente percebe é que não teve cuidado, manutenção”, observou a primeira-dama.

“Eu e o presidente Lula resolvemos que vamos nos mudar quando tiver um inventário completo do que tem aqui dentro, de como foi entregue para a gente”, afirmou Janja, à época. Antes mesmo da mudança, a intenção é fazer algumas obras para restaurar o espaço na área residencial do Alvorada.

Lula visitou o local em 3 de janeiro e, de acordo com Janja, ficou mexido e “um tanto decepcionado” com o estado de conservação do palácio presidencial. Em mandatos anteriores, o petista havia plantado um pé de mandacaru, mas a vegetação foi arrancada, o que decepcionou o presidente no retorno à residência oficial onde já viveu por oito anos, entre 2013 e 2010.

“Os móveis, os pés dos móveis, que são de latão, não estão polidos. Os móveis não são os originais. A gente vai tentar recuperar isso. Ainda preciso fazer uma visita ao depósito — a Presidência da República tem um depósito de móveis — e ver o que foi para lá. Tem muitos objetos que foram transportados de um lado para o outro, do Planalto para cá, daqui para o Jaburu (residência oficial do vice-presidente). Então, a gente precisa localizar esses objetos”, afirmou Janja.

Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

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