Por Metrópoles
O candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a condenar a política externa e a diplomacia brasileira sob o governo de Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição. Em encontro de campanha com empresários do turismo, nesta terça-feira (20/9), o petista disse que o principal adversário “afrontou a Europa e se subordinou a Donald Trump”, ex-presidente dos Estados Unidos.
“Uma pessoa séria não faz provocações, mesmo que você não goste. Temos um presidente que não recebeu o presidente da França porque diz que foi fazer a barba, que diz que a mulher do presidente da França é velha, que afronta a Europa, que se subordinou a Trump. E agora ninguém quer vir ao Brasil, um país alegre como o nosso”, afirmou.
A declaração de Lula ocorreu pouco tempo depois do discurso de Bolsonaro na Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York. Na ocasião, o mandatário brasileiro mirou o petista e, sem citá-lo nominalmente, chamou o opositor de “responsável pela corrupção no Brasil”.
Durante a conversa com empresários do setor de turismo, em São Paulo, Lula defendeu que “mau-humor, fome, pobreza e violência não atraem turismo. Tudo isso temos no brasil, até em excesso. A começar pela imagem do atual presidente”.
“Para fazer turismo, você precisa, primeiro, que o povo tenha condições de comprar uma passagem. Segundo, que o povo trabalhe e tenha salário, e um país que está há 4 anos sem reajustar o salário minímo, em que os idosos estão há 4 anos na fila para receber aposentadoria. Como esse país vai viajar?”, completou.
Uma passagem do Rio para São Paulo está quase mil reais. Isso não é normal. Para fazer turismo é preciso primeiro fazer com que o povo consiga comprar passagem. E segundo, que o povo tenha aumento de salário e não precise ficar 4 anos na fila da aposentadoria.
— Lula 13 (@LulaOficial) September 20, 2022
O candidato aproveitou para fazer uma promessa aos líderes do segmento de diminuir o preço do querosene da aviação. “Se preparem para abaixar o preço desse maldito querosene. Nós produzimos petróleo, e produzimos querosene, porque tem que ser tão caro? Vamos equacionar isso”.
Foto: Fábio Vieira/Metrópoles