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Lula faz reunião de 9 horas com ministros e governo anuncia ‘novo PAC’ Presidente e ministros fizeram balanço das iniciativas do governo federal nos primeiros 6 meses e projetaram o segundo semestre

16 de junho de 2023, 08h37 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

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Por Itatiaia

Durou mais de 9 horas a reunião em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu todos os ministros e presidentes de bancos estatais para fazer um balanço dos seis primeiros meses do ano e o planejamento para o próximo semestre. Após o término do encontro, no Palácio do Planalto, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, revelou quais são as prioridades do governo Lula para os próximos seis meses.

De acordo com Costa, em julho, o governo lançará o que chamou de “novo PAC”.

“Entre as ações programadas, estão o novo plano de investimento, o novo PAC, que será lançado agora em julho. Teremos ações na área da educação, como o programa para levar internet banda larga para 100% das escolas do país, inclusive as escolas rurais. E tantos outros programas anunciados pelos ministérios”, afirmou o ministro em entrevista coletiva no início da noite desta quinta-feira (15).

PAC – Programa de Aceleração do Crescimento

O PAC – sigla para Programa de Aceleração do Crescimento – foi uma das marcas do segundo mandato de Lula e que alçou sua então ministra, Dilma Rousseff, à corrida pela Presidência. O programa, que reunia uma série de investimentos em infraestrutura, foi lançado em 2007 e tinha o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) como principal pilar de financiamento.

O programa de governo tinha, em sua carteira, projetos de investimento em áreas como logística, energia e infraestrutura social e urbana – dentre eles obras como o da Transposição do Rio São Francisco e da hidrelétrica de Belo Monte.

Em 2011, já no primeiro ano de governo Dilma, foi lançado o PAC 2, com pacote de investimentos em cidades, como os programas Minha Casa, Minha Vida e o Luz Para Todos.

Ainda de acordo com Rui Costa, o “otimismo econômico” voltou ao governo, com a apresentação de indicadores favoráveis na economia – entre eles, a queda da inflação e no preço dos combustíveis. Costa ainda cobrou a redução da taxa de juros pelo Banco Central e que o governo estuda a oferta de microcrédito para pessoas em situação de vulnerabilidade por meio dos bancos estatais.

“Comemoramos os indicadores econômicos favoráveis, a queda significativa da inflação, da taxa de juros de longo prazo que todas as projeções apontam. A queda nos preços dos combustíveis, do desemprego. Há um ambiente favorável e o otimismo econômico voltou”, disse o ministro.

“[Ontem] O presidente Lula atendeu o setor de varejo onde, de forma unânime os empresários vieram reiterar o pedido ao presidente para um apoio à redução da taxa de juros e viabilizar o crédito nesse país, que significa a volta do varejo, da produção industrial, a volta do emprego”, completou.

Carros populares

Questionado por jornalistas, Rui Costa negou que o governo esteja planejando estender a duração do programa lançado na última semana que concede créditos tributários para que montadoras possam baixar os preços de carros populares.

Segundo o ministro, o vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin, comemorou os resultados do programa e Lula teria brincado sobre a prorrogação dos benefícios.

“Esse não é um plano do governo. Ele fez uma brincadeira quando foi feito um relato pelo Alckmin, de que o programa estava tendo sucesso absoluto, mas não está no planejmento do governo. Mas isso demonstra o que é evidente: se dermos condições de crédito, viabilizarmos, baixarmos os custos financeiros vai haver consumo no país, a indústria vai voltar a produzir e o comércio varejista vai vender”, afirmou.

Costa disse, ainda, que os bancos públicos, como o Banco do Nordeste, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal estudam oferecer microcrédito para população de baixa renda.

“Um pequeno estimulo do governo vimos que o resultado é expressivo no comércio. O presidente ouviu relato dos bancos públicos e está apostando em aumentar o microcrédito para irrigar a economia. [Bancos públicos] estão estudando formas de viabilizar crédito barato e, a partir da irrigação da base da pirâmide, fazer a economia crescer”, resumiu.

Foto: Ricardo Stuckert/PR

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