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Lula parabeniza Friedrich Merz pela vitória do partido na Alemanha Votação ocorreu em meio ao avanço da extrema-direita.

24 de fevereiro de 2025, 12h43 | Por Letícia Horsth

by Letícia Horsth

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva felicitou, nesta segunda-feira (24), a União Democrata Cristã (CDU), partido conservador da Alemanha, e seu líder, Friedrich Merz, pela vitória nas eleições nacionais realizadas no último domingo (23). Com esse resultado, Merz se aproxima do cargo de chanceler do país.

“A sua eleição acontece em um contexto de grande complexidade geopolítica e econômica global, mas também em um momento de expectativas positivas e oportunidades para avanços mútuos”, destacou Lula em um comunicado oficial.

O presidente brasileiro enfatizou a longa trajetória de cooperação entre Brasil e Alemanha em temas estratégicos da agenda internacional. Segundo ele, a concretização do acordo entre o Mercosul e a União Europeia, assim como a realização da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) no Brasil, poderão impulsionar ainda mais essa parceria.

“A Alemanha é uma nação amiga e um parceiro essencial do Brasil na defesa da democracia, do multilateralismo, do desenvolvimento sustentável e dos direitos humanos”, afirmou a nota.

Lula também mencionou a tradição dos dois países na defesa de reformas na governança global e expressou confiança na continuidade do trabalho conjunto para fortalecer suas posições no cenário internacional.

Contexto eleitoral
A eleição ocorreu em meio a um crescimento da extrema-direita e a um período de dois anos consecutivos de recessão na Alemanha.

Após uma campanha marcada por episódios de violência e interferências do governo dos Estados Unidos, sob Donald Trump, a CDU alcançou 28,5% dos votos, ficando à frente do partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD), que obteve 20%, conforme apontou uma pesquisa de boca de urna divulgada pela emissora pública ZDF.

Friedrich Merz, de 69 anos, nunca exerceu cargo no Executivo. Defensor do liberalismo econômico, ele prometeu adotar uma postura de liderança mais firme do que a do atual chanceler, Olaf Scholz, e ampliar o envolvimento da Alemanha com seus principais aliados, buscando fortalecer seu papel na Europa.

Foto: © REUTERS/Fabrizio Bensch.

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