Por CNN
A campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedir a remoção de supostas notícias falsas que associam o candidato ao fim do Auxílio Brasil.
A coligação também pede a identificação dos responsáveis pela divulgação da fake news e multa de R$ 25 mil para cada um deles.
Diversos perfis que apoiam o candidato Jair Bolsonaro (PL) publicaram nas redes sociais que Lula teria dito que acabaria com o Auxílio Brasil e, além disso, proibiria a concessão do benefício a quem mora sozinho.
Várias agências de checagem já comprovaram que se trata de desinformação e grave descontextualizacão.
Segundo a campanha, houve manipulação do discurso do candidato. Na ocasião, Lula proferiu um discurso no qual afirma que o auxílio seria entregue, preferencialmente, às mulheres da família, não havendo qualquer projeção de vetos a quem quer que seja.
Na íntegra do pronunciamento proferido em 22 de agosto, é possível constatar que o candidato petista não mencionou em momento algum a extinção do benefício.
“Tem-se que a estratégia de desinformação e propagação de fake news empregada emerge com nitidez, conforme se depreende dos elevados números de visualizações. As diversas postagens fazem alusão a um fato sabidamente inverídico”, disse.
Para a campanha, a intenção de publicar tais conteúdos fraudulentos “e sem compromisso com a verdade é apenas uma: induzir a opinião pública à uma conclusão inverídica e absurda, de modo sorrateiro e desonesto, na tentativa ilícita de interferir no processo eleitoral, ao atingir milhares de pessoas com a desinformação”.
“Assim, é preocupante ao interesse da democracia brasileira como um todo, a leviana estratégia de manipulação de narrativas com consequente violação da liberdade de pensamento e cidadania dos eleitores brasileiros. Assim, dada a proximidade do pleito eleitoral, mais do que nunca se faz necessária a prevalência da legislação eleitoral e regulação deste e. TSE acerca do combate a informações sabidamente inverídicas e com dolo específico de manipular o pleito eleitoral, vilipendiando a liberdade de pensamento e opinião dos brasileiros e cerceando o direito à cidadania e ao voto livre”, afirmou a campanha de Lula.
A campanha de Bolsonaro foi acionada pela CNN Brasil, mas ainda não se manifestou.
Foto: REUTERS/Carla Carniel