Por Metrópoles
O presidente da França, Emmanuel Macron, manteve conversas por telefone, nesta segunda-feira (28/2), com os presidentes da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e da Rússia, Vladimir Putin. Os países vivem conflito armado após tropas militares russas invadirem o território ucraniano e iniciarem uma série de bombardeios, que já duram nos últimos cinco dias.
Pelas redes sociais, Macron afirmou que as conversas com Zelensky “são constantes”. “Quero saudar seu senso de responsabilidade”, enfatizou. Segundo o mandatário da França, a pedido do presidente ucraniano, também telefonou para Putin.
“Ao presidente Putin, reiterei a exigência da comunidade internacional de acabar com a ofensiva russa contra a Ucrânia e insisti na necessidade de implementar um cessar-fogo imediatamente”, disse.
Em publicação no Twitter, o francês narra ter solicitado ao governante russo que cesse os ataques contra civis e residências e para que preserve os serviços de infraestrutura ucranianos, incluindo a manutenção da segurança das estradas, que nos últimos dias têm sido a saída dos refugiados do território em guerra.
De acordo com a imprensa francesa, Putin e Macron conversaram por 90 minutos. Na ligação, o presidente russo não sinalizou positivamente para um cessar fogo e reiterou que a medida “só será possível se os interesses legítimos de segurança da Rússia forem incondicionalmente levados em consideração”.
O titular do Kremilin, contudo, teria se comprometido a considerar a possibilidade de interromper ações militares em áreas civis, segundo leitura de Macron.
Ataques seguem
A Ucrânia vive o quinto dia de bombardeio. Kiev, capital e coração do poder, e Kharkiv, segunda maior cidade ucraniana, estão sob forte bombardeio.
Belarus também fez ataques à Ucrânia e cedeu a fronteira para a invasão russa. Apesar da investida, o governo bielorrusso garantiu que não terá ação militar durante a reunião.
“Podem se sentir completamente seguros”, declarou o ministro bielorrusso das Relações Exteriores, Vladimir Makei, ao receber as comitivas.
A delegação ucraniana se deslocou em dois helicópteros, conforme relatado pela agência russa Ria Novosti. Na manhã desta segunda-feira, o Ministério das Relações Exteriores da Bielorrússia publicou uma foto da sala para as negociações, anunciando que o local estava preparado.
A delegação russa, chefiada por Vladimir Medinsky, assessor do presidente Vladimir Putin e ex-ministro da Cultura, chegou a Gomel, leste da Bielorrússia, no sábado (26/2).
No domingo (27/2), a tensão foi elevada ao extremo após Putin colocar “forças nucleares em alerta“. Horas depois, um assessor do ministro do Interior da Ucrânia disse que as negociações tinham começado, mesmo sob a ameaça.
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