Uma mensagem de texto enviada pelo presidente francês, Emmanuel Macron, para a chefe da Comissão Europeia, Ursula van der Leyen, trouxe tensão à relação entre Mercosul e União Europeia, segundo o colunista Jamil Chade, do Uol.
Na declaração, Macron anunciou sua rejeição ao acordo de livre comércio entre os blocos, alegando proteger os agricultores franceses.
Entretanto, diplomatas apontam que o argumento do francês sobre o risco para a agricultura sequer condiz com a realidade. Os estudos realizados por ambos os lados do processo apontam que, caso o acordo que já é negociado há 25 anos entre em vigor, o volume extra de exportação brasileira prevista não representaria a dimensão do abalo no mercado europeu como alegam os franceses.
Origem da crise
A crise surge após o Brasil ver suas exigências atendidas pela Comissão Europeia em relação a licitações públicas, enquanto Macron tenta bloquear o processo. O Brasil conquistou concessões importantes, como a exclusão do SUS de aberturas de mercado e a preferência por empresas nacionais em licitações.
O presidente francês busca apoio interno e apresenta o Brasil como um inimigo externo, em meio a desafios políticos em seu país.
Busca por popularidade
A estratégia de Macron reflete sua necessidade de estabilidade política e popularidade. A França vê no Brasil um escudo para enfrentar tensões internas. No entanto, enfrenta resistência de outros países europeus favoráveis ao acordo com o Mercosul.
A situação cria incerteza sobre o futuro do acordo. A França anuncia medidas para proteger seus agricultores, como a proibição de certos pesticidas. O debate sobre soberania alimentar e protecionismo se intensifica, enquanto Macron busca apoio interno e enfrenta críticas.
Com informações do Diário do Centro do Mundo.
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